Um ensaio sobre o niilismo em Nietzsche: falta do sentido histórico, necessidade e superação e recepção | An essay on nihilism in Nietzsche: lack of historical sense, necessity and overcoming and reception | Ensayo sobre el nihilismo en Nietzsche: sinsentido histórico, necesidad y superación y recepción
Resumo
Este artigo faz parte de um estudo mais amplo acerca das considerações de Nietzsche sobre a história, no qual examinamos a questão do sentido histórico levando em conta a sua relação com o niilismo e a genealogia. No que concerne à relação entre niilismo e sentido histórico, investigamos as considerações de Nietzsche acerca da história, tendo como base os seus escritos nos quais a crítica à cultura é narrada a partir da falta de sentido histórico e de seu estado niilista, que nos possibilitam esclarecer as ideias com as quais o filósofo, por um lado, desde os textos de juventude, solapa radicalmente o historicismo, sobretudo suas noções de progresso (Fortschritt), finalidade (Zweck) e excesso de apego ao passado, e, por outro lado, elabora uma narrativa da história, sem essas noções, a partir do conceito filosófico de niilismo — que aparece a partir 1881 em sua obra. O tema oculto desses escritos é a historicidade do homem ou, melhor, a constatação de que há um estado de degenerescência da humanidade, revelado em seu processo histórico que compromete substancialmente a destinação humana. Contudo, a ideia de niilismo em Nietzsche vai além do domínio histórico, é também pensada sob a égide de outras esferas, como a da psicologia e a da fisiologia, que só será abordada, em nossa análise, indiretamente, subordinada ao tema da história. Por ora, pretendemos apenas analisar como Nietzsche, em posse do conceito de niilismo, estabelece uma noção mais ampla e mais bem elaborada da sua narrativa crítica sobre a história, lançando luz naquilo que ele compreende, desde as obras intermediárias, como sendo uma “filosofia histórica”, que foca a sua investida nos valores mais fundamentais a partir dos quais a história humana foi conduzida, ensaiando também uma saída ou uma superação do estado de degenerescência que esta narrativa parece apontar. Retomamos, deste modo, ainda, a uma velha polêmica, talvez datada, acerca do tema da superação ou não do niilismo em certa recepção da filosofia de Nietzsche, defendemos de forma ressignificada a compreensão da superação e a sua relação orgânica com o niilismo.
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