Deus está morto? Considerações sobre fundamentalismo, fechamento identitário e violência na contemporaneidade
DOI:
https://doi.org/10.7213/1980-5934.33.059.AO02Palavras-chave:
Morte de Deus, Vontade de verdade, FundamentalismoResumo
Investigação do significado e dos principais desdobramentos da chamada “morte de Deus” em Nietzsche, a partir de uma leitura atenta dos três aforismos de A Gaia Ciência que abordam mais claramente a questão, a saber: O homem louco, No horizonte infinito e Novas lutas. Caracteriza-se a morte de Deus como morte do absoluto incondicionado da metafísica. Diante deste diagnóstico, discutiremos o perigo de uma retomada nostálgica dos fundamentos absolutos. A partir dessas indicações, tentaremos pensar as diversas manifestações de fundamentalismos, fechamentos identitários e discursos violentos que circulam na contemporaneidade. Em nossas considerações finais, a preocupação não foi apresentar alguma “saída”, mas insistir no aprofundamento da crise, no enfrentamento da angústia de viver num mundo “sem fundamentos” como passo necessário para o surgimento de novas possibilidades existenciais.
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