Modes de subjectivation et pratiques de liberté autour du « Délit de solidarité »
DOI:
https://doi.org/10.7213/1980.5934.31.052.DS03Palavras-chave:
Modes de subjectivation. Désobéissance. Pratiques de liberté. Souci. Solidarité.Resumo
Récemment, le Conseil Constitutionnel français a invoqué le Principe de Fraternité pour révoquer les condamnations que, au nom du “Délit de Solidarité” (L622-1 CESEDA) punissent l’aide portée aux migrants en France. Dans cet article, nous mènerons une analyse de cas, d’après le prisme philosophique foucauldien, pour mettre en valeur la portée les modes de subjectivation concrets à partir lesquels, dans un contexte de crise humanitaire migrante à échelle mondiale, la solidarité et la fraternité sont devenues des actes de désobéissance. Nous analyserons la portée éthique et politique de ces pratiques, leur capacité de faire “actualité”, et nous tenterons, avec elles, de fournir des pistes le champ d’expériences ouvert par la conceptualisation foucauldienne des “pratiques de liberté” en valorisant leur allure collective.
Downloads
Referências
ABENSOUR, M. La democracia contra el Estado. Buenos Aires: Colihue, 1998.
ACADÉMIE FRANÇAISE. Le Dictionnaire de l’Académie française. 4th edition. Paris: Académie Française, 1762.
BRUGÈRE, F. L’ éthique du care. Paris, France: PUF, 2017.
CAAP - COURT D’APPEL D’ AIX-EN-PROVENCE. (8 août 2017). Decision cas SNCF-Herrou, Arrét 2017/568, chambre 13, 2017. Recupéré de: <https://www.gisti.org/IMG/pdf/jur_caaixenprovence_2017-08-08_2017-568.pdf>.
CARRÈRE, V.; BAUDET, V. Délit de Solidarité. Plein droit, 59-60, p. 14-17, 2004.
Recuperado de: <https://www.cairn.info/revue-plein-droit-2004-1-page-14.html>.
CCF - CONSEIL CONSTITUTIONNEL DE FRANCE (6 juillet 2018). M. Cédric H. et autre [Délit d’aide à l’entrée, à la circulation ou au séjour irréguliers d’un étranger]. Décision n° 2018-717/718, 2018. QPC. Récupéré de: <https://www.conseilconstitutionnel.fr/decision/2018/2018717_718QPC.htm>.
CESEDA- Código de Entrada y Residencia de Extranjeros y Derecho de Asilo de Francia. 2018. Récupéré de: <https://www.legifrance.gouv.fr/affichCode.
do;jsessionid=279CA365197326A069A51618A3A6588C.tplgfr31s_1?idSectionTA=LEGISCTA000006147789&cidTexte=LEGITEXT000006070158&dateTex te=20171201>.
CHIGNOLA, S. Foucault más allá de Foucault: una política de la filosofía. Buenos Aires: Cactus, 2018.
DELINQUANTS SOLIDAIRES Le manifeste. 2018. Récupéré de: .
DERRIDA, J. Manquements du droit à la justice (mais que manque-t-il donc aux “sans papiers”?). In: DERRIDA, J., GUILLAUMME, M.; VINCENT, J.-P. (ed.), Marx en jeux. Paris: Descartes & Cie, 1997.
FOUCAULT, M. Les anormaux. Cours au Collège de France 1974-1975. Paris: Seuil Gallimard, 1999[1975].
FOUCAULT, M. Qu’est-ce que la critique ? Conférence prononcée par Michel Foucault à la Société française de Philosophie le 27 mai 1978. Paris : VRIN, 2015[1978].
FOUCAULT, M. Le Sujet et le Pouvoir. « The Subject and the Power » Trad. F. Durand-Bogaert. In: DREYFUS H. ; RABINOW P. ; FOUCAULT, M. Beyond Structuralism and Hermeneutics, Chicago : The University Chicago Press, 1982[1982]. p. 208-26.
FOUCAULT, M. L’Herméneutique du Sujet. Cours au Collège de France 1981-1982. Paris: Gallimard, 2001[1982a].
FOUCAULT, M. Le gouvernement de soi et des autres. Cours au Collège de France 1983, Paris: Gallimard, 2008[1983].
FOUCAULT, M. Le courage de la vérité. Le gouvernement de soi et des autres II. Cours au Collège de France 1984. Paris: Gallimard, 2009[1984].
FOUCAULT, M. « L’éthique du souci de soi comme pratique de la liberté » (entretien avec). In: H. BECKER, R. FORNET-BETANCOURT, A. GOMEZMÜLLER. (20 janvier 1984), Concordia. Revista internacional de filosofía,
n°6, juillet-décembre 1984, p. 99-116. En Dits et Écrits, Vol. 2, Paris : Quarto ; Gallimard, 2001[1984b]. p. 1527-1549.
GROS, F. Désobéir. Paris: Albin Michel ; Flammarion, 2017.
HERROU, C. Aide aux migrants : « Mon combat est légitimé », se réjouit Cédric Herrou. In : Le Monde, 2018. Récupéré de: <https://www.lemonde.fr/policejustice/
article/2018/07/06/aide-aux-migrants-mon-combat-est-legitime-serejouit-cedric-herrou_5327337_1653578.html>.
KRISTEVA, J. Étrangers à nous-mêmes. Paris, France: Folio, 1988.
LANDRY, M. Martine Landry: l’acharnement judiciaire. Amnesty International, 2018. Récupéré de: <https://www.amnesty.ch/fr/pays/europe-asie-centrale/france/docs/2018/martine-landry-l-acharnement-judiciaire#>.
LE BLANC, G.; BRUGÈRE, F. La fin de l’hospitalité. Paris: Flammarion, 2017.
LORENZINI, D. Éthique et politique de soi. Foucault, Hadot, Cavell et les techniques de l’ordinaire. Paris: Vrin, 2015.
MÜLLER, O. La pénalisation de l’aide au séjour irrégulier: De la volonté politique à la réalité judiciaire. Mémoire de Master 2 Sous la direction de Manlio Cinalli. Institut d’études politiques de Paris Master Recherche « Politique et sociétés en Europe » - Politiques Publiques, 2009. Récupéré de: <https://www.penalecontemporaneo.it/upload/1331029485Memoire__IEP_olivia_muller__2009.pdf>.
OZOUF, M. “Fraternité”. In: FURET et OZOUF, M. (dir.) Dictionnaire critique de la Révolution française. Paris: Flammarion, 1988.
REVEL, J. Foucault, une pensée du discontinu. Paris: Fayard, 2010.
ROUSSEY, M. La solidarité envers les migrants n’est plus un délit. InfoArte, 2018. Disponible dans: <https://info.arte.tv/fr/delit-de-solidarite-larme-despolitiques-contre-laide-aux-migrants>. Accès: 6 juillet 2018.
TEXIER, P. “La fraternité au fil des âges, plasticité et constances”. In: La Fraternité, OMIJ IAJ. Institut universitaire Varenne. Lextenso/LGDJ, Collection Colloques et Essais, 978-2-37032-154-1 p. 21-34, 2018. Recuperado de:
hal.archives-ouvertes.fr/hal-01367290>.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A autoria permanece com a pessoa autora da obra, que concede à revista e à PUCPRESS (Associação Paranaense de Cultura - EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT) o direito de primeira publicação. O conteúdo publicado será regido pela licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, a qual autoriza o compartilhamento do material, desde que devidamente atribuída a autoria e reconhecida a publicação original nesta revista. O autor compromete a cumprir o que segue:
- A pessoa autora manifesta ciência no que diz respeito ao tratamento dos dados necessários para a execução do presente instrumento, o qual será realizado nos ditames do art. 7º, V, da Lei 13.709/2018, declarando a pessoa autora, que foi devidamente informada da finalidade de utilização de seus dados bem como dos direitos que lhe são inerentes, ficando desde já disponibilizado o seguinte canal de comunicação para esclarecimento de qualquer tipo de dúvida https://privacidade.grupomarista.org.br/Privacidade/
- A pessoa autora, desde já, autoriza a Revista de Filosofia Aurora e a EDITORA PUCPRESS (Associação Paranaense de Cultura - EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT) a utilizar seu nome e imagem nos materiais de divulgação do objeto deste instrumento, em qualquer formato, mídia e meio de comunicação, bem como para as demais finalidades avençadas neste contrato.
- A pessoa autora afirma que a obra/material é de sua autoria e assume integral responsabilidade diante de terceiros, quer de natureza moral ou patrimonial, em razão de seu conteúdo, declarando, desde já, que a obra/material a ser entregue é original e não infringe quaisquer direitos de propriedade intelectual de terceiros.
- A pessoa autora concede à Revista de Filosofia Aurora e à PUCRPRESS (Associação Paranaense de Cultura - EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT) o direito de primeira publicação da obra/material, de forma gratuita e não exclusiva, conforme os termos da licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional. A pessoa autora mantém integralmente os direitos patrimoniais e morais sobre a obra, podendo utilizá-la livremente em outros contextos, desde que respeitada a atribuição da publicação original.
- A PUCRPRESS (Associação Paranaense de Cultura - EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT) empregará a obra/material da forma como melhor lhe convier, de forma impressa e/ou on line, inclusive no site do periódico da EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, podendo utilizar, fruir e dispor do mesmo, no todo ou em parte, para:
- Autorizar sua utilização por terceiros, como parte integrante de outras obras.
- Editar, gravar e imprimir, quantas vezes forem necessárias.
- Reproduzir em quantidades que julgar necessária, de forma tangível e intangível.
- Adaptar, modificar, condensar, resumir, reduzir, compilar, ampliar, alterar, mixar com outros conteúdos, incluir imagens, gráficos, objetos digitais, infográficos e hyperlinks, ilustrar, diagramar, fracionar, atualizar e realizar quaisquer outras transformações, sendo necessária a participação ou autorização expressa dos autores.
- Traduzir para qualquer idioma.
- Incluir em fonograma ou produção audiovisual.
- Distribuir mediante cabo, fibra ótica, satélite, ondas ou qualquer outro sistema que permite ao usuário realizar a seleção da obra ou produção para recebê-la em tempo e lugar previamente determinados por quem formula a demanda e nos casos em que o acesso às obras ou produções se faça por qualquer sistema que importe em pagamento pelo usuário.
- Incluir e armazenar em banco de dados, físico, digital ou virtual, inclusive nuvem.
- Comunicar direta e/ou indiretamente ao público.
- Incluir em base de dados, arquivar em formato impresso, armazenar em computador, inclusive em sistema de nuvem, microfilmar e as demais formas de arquivamento do gênero;
- Comercializar, divulgar, veicular, publicar etc.
- Quaisquer outras modalidades de utilização existentes ou que venham a ser inventadas.
- A pessoa autora autoriza a reprodução e a citação de seu trabalho em repositórios institucionais, página pessoal, trabalhos científicos, dentre outros, desde que a fonte seja citada.
- A presente cessão é válida para todo o território nacional e para o exterior.
- Este termo entra em vigor durante o processo de submissão e é firmado pelas partes em caráter irrevogável e irretratável, obrigando definitivamente as partes e seus sucessores a qualquer título.
- O não aceite do artigo, pela Revista de Filosofia Aurora, tornará automaticamente sem efeito a presente declaração.


