Trabalho, ócio, preguiça: cumpre imaginar Sísifo feliz!
DOI:
https://doi.org/10.7213/1980-5934.30.050.AO04Palavras-chave:
Trabalho. Ócio. Preguiça. Marcuse. Civilização libidinal. Ética. Brasil.Resumo
O ensaio explora aspectos do trabalho humano, fundando-se em contribuições teóricas e remissões à Literatura, de modo a levar águas aos moinhos da heresia firmada contra o trabalho, na linha do elogio crítico e do ataque às apologias mais renitentes. Analisa os nexos entre trabalho, ócio, preguiça e, no limite, ética e política. Sem perder de vista o horizonte histórico do problema.
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