Neurônios-espelho e o representacionalismo

Autores

  • Gustavo Leal-Toledo Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ)

DOI:

https://doi.org/10.7213/rfa.v22i30.2242

Resumo

Na década de 90 foi descoberto que neurônios específicos de áreas motoras do cérebro eram capazes de responder quando a mesma ação que ele executava era percebida visualmente. Estes neurônios ficaram conhecidos como neurônios-espelho, sendo a base da nossa capacidade de imitar. Tais neurônios podem ser também a base da nossa compreensão, nossa capacidade de aprender e da empatia. Eles seriam capazes de um tipo de compreensão imediata, sem a necessidade de passar por qualquer tipo de controle central do cérebro. Há aí indicações favoráveis para a crítica ao Teatro Cartesiano feita por Dennett. Ao contrário do que a psicologia popular e o representacionalismo nos apresentam, é possível que em determinadas áreas do cérebro não exista separação nenhuma entre realizar uma ação e pensar sobre esta ação. Esta última seria apenas a ação inibida. Pretende-se no presente trabalho apresentar esta nova descoberta e indicar algumas de suas possíveis consequências para a Filosofia da Mente, em especial para a noção de representação mental.

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Publicado

2010-05-04

Como Citar

Leal-Toledo, G. (2010). Neurônios-espelho e o representacionalismo. Revista De Filosofia Aurora, 22(30), 179–194. https://doi.org/10.7213/rfa.v22i30.2242