Neurônios-espelho e o representacionalismo
DOI:
https://doi.org/10.7213/rfa.v22i30.2242Resumo
Na década de 90 foi descoberto que neurônios específicos de áreas motoras do cérebro eram capazes de responder quando a mesma ação que ele executava era percebida visualmente. Estes neurônios ficaram conhecidos como neurônios-espelho, sendo a base da nossa capacidade de imitar. Tais neurônios podem ser também a base da nossa compreensão, nossa capacidade de aprender e da empatia. Eles seriam capazes de um tipo de compreensão imediata, sem a necessidade de passar por qualquer tipo de controle central do cérebro. Há aí indicações favoráveis para a crítica ao Teatro Cartesiano feita por Dennett. Ao contrário do que a psicologia popular e o representacionalismo nos apresentam, é possível que em determinadas áreas do cérebro não exista separação nenhuma entre realizar uma ação e pensar sobre esta ação. Esta última seria apenas a ação inibida. Pretende-se no presente trabalho apresentar esta nova descoberta e indicar algumas de suas possíveis consequências para a Filosofia da Mente, em especial para a noção de representação mental.Downloads
Referências
CHALMERS, D. The conscious mind. Oxford: Oxford University Press, 1996.
DARWIN, C. A expressão das emoções no homem e nos animais. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
______. A origem do homem e a seleção sexual. Curitiba: Hemus, 2002.
DENNETT, D. Consciousness explained. Boston: Little, Brown and Company, 1991.
LEAL-TOLEDO, G. As críticas a filosofia dualista da mente. 2002. 41 f. Monografia (Graduação em Filosofia) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2002.
______. O argumento dos Zumbis na filosofia da mente: são zumbis físicos logicamente possíveis? 2005. 93 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2005.
______. Dennett e Chalmers: argumentos e intuição. Trans/Form/Ação, v. 29, n. 2, p. 123-132, 2006.
______. Controvérsias meméticas: a ciência dos memes e o darwinismo universal em Dawkins, Dennett e Blackmore. 2009. 467 f. Tese (Doutorado Filosofia) – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2009.
MITHEN, S. A pré-história da mente: em busca das origens da arte, da religião e da ciência. São Paulo: UNESP, 2002.
RIZZOLATTI, G.; SINIGAGLIA, C. Mirrors in the brain: how our minds share actions and emotions. Oxford: Oxford University Press, 2008.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
O autor transfere, por meio de cessão, à EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o n.º 76.659.820/0009-09, estabelecida na Rua Imaculada Conceição, n.º 1155, Prado Velho, CEP 80.215-901, na cidade de Curitiba/PR, os direitos abaixo especificados e se compromete a cumprir o que segue:
- Os autores afirmam que a obra/material é de sua autoria e assumem integral responsabilidade diante de terceiros, quer de natureza moral ou patrimonial, em razão de seu conteúdo, declarando, desde já, que a obra/material a ser entregue é original e não infringe quaisquer direitos de propriedade intelectual de terceiros.
- Os autores concordam em ceder de forma plena, total e definitiva os direitos patrimoniais da obra/material à EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, a título gratuito e em caráter de exclusividade.
- A CESSIONÁRIA empregará a obra/material da forma como melhor lhe convier, de forma impressa e/ou on line, inclusive no site do periódico da EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, podendo utilizar, fruir e dispor do mesmo, no todo ou em parte, para:
- Autorizar sua utilização por terceiros, como parte integrante de outras obras.
- Editar, gravar e imprimir, quantas vezes forem necessárias.
- Reproduzir em quantidades que julgar necessária, de forma tangível e intangível.
- Adaptar, modificar, condensar, resumir, reduzir, compilar, ampliar, alterar, mixar com outros conteúdos, incluir imagens, gráficos, objetos digitais, infográficos e hyperlinks, ilustrar, diagramar, fracionar, atualizar e realizar quaisquer outras transformações, sendo necessária a participação ou autorização expressa dos autores.
- Traduzir para qualquer idioma.
- Incluir em fonograma ou produção audiovisual.
- Distribuir.
- Distribuir mediante cabo, fibra ótica, satélite, ondas ou qualquer outro sistema que permite ao usuário realizar a seleção da obra ou produção para recebê-la em tempo e lugar previamente determinados por quem formula a demanda e nos casos em que o acesso às obras ou produções se faça por qualquer sistema que importe em pagamento pelo usuário.
- Incluir e armazenar em banco de dados, físico, digital ou virtual, inclusive nuvem.
- Comunicar direta e/ou indiretamente ao público.
- Incluir em base de dados, arquivar em formato impresso, armazenar em computador, inclusive em sistema de nuvem, microfilmar e as demais formas de arquivamento do gênero;
- Comercializar, divulgar, veicular, publicar etc.
- Quaisquer outras modalidades de utilização existentes ou que venham a ser inventadas.
- Os autores concordam em conceder a cessão dos direitos da primeira publicação (ineditismo) à revista, licenciada sob a CREATIVE COMMONS ATTRIBUTION LICENSE, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria.
- Os autores autorizam a reprodução e a citação de seu trabalho em repositórios institucionais, página pessoal, trabalhos científicos, dentre outros, desde que a fonte seja citada.
- A presente cessão é válida para todo o território nacional e para o exterior.
- Este termo entra em vigor na data de sua assinatura e é firmado pelas partes em caráter irrevogável e irretratável, obrigando definitivamente as partes e seus sucessores a qualquer título.
- O não aceite do artigo, pela EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, tornará automaticamente sem efeito a presente declaração.