Mente e “mente”
DOI:
https://doi.org/10.7213/rfa.v22i30.2203Abstract
Antes de perguntar “o que é a mente?” devemos indagar “o que entendemospor ‘mente’”? A compreensão vem primeiro na ordem da explicação
e da análise. Tentarei, portanto, responder à segunda pergunta
usando um método de análise do significado, inspirado nos contextualistas
em filosofia da linguagem, um método que respeita o uso efetivo
e comum que constitui sempre nosso ponto de partida, e que permite
isolar um núcleo de sentido. Esse núcleo de sentido é modulado em
contexto; podemos assim marcar as pequenas diferenças que sempre
aparecem num contexto específico de uso. É minha convicção que parte
dos problemas encontrados na filosofia da mente vem do fato de que
“mente” não é um termo de espécie natural e não parece designar algo
homogêneo e bem unificado. Nosso conceito de mente é atrelado aos
usos da palavra. O objetivo da primeira parte é encontrar o núcleo de
sentido associado ao termo “mente” e que uma análise contextualista
do significado tem como objetivo de revelar. Em resposta à primeira
pergunta, tentarei apresentar uma visão geral da mente como algo não
substancial, de natureza representacional, que depende do funcionamento
eletroquímico do cérebro, mas que não pode possuir uma localização
no cérebro.
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