STIRNER E A LIBERDADE COMO RADICAL AUTORREFERENCIALIDADE

Autores

  • Cesar Augusto Ramos Pontifícia Universidade Católica do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.7213/aurora.26.038.AO.06

Resumo

Pretendemos desenvolver a tese, segundo a qual Stirner propõe uma concepção de liberdade como radical autorreferencialidade do estar junto a si, que se traduz numa posse de si mesmo. A despeito da crítica a Hegel, esse sentido de liberdade aproxima-se do conceito hegeliano de liberdade, mas de modo unilateral, abandonando o correlato da intersubjetividade na concepção de Hegel. Para Stirner, o egoísmo é decorrência daquilo que se tem de mais próprio: o eu. Somente assim o indivíduo chega ser ele mesmo e reconhece essa sua condição como única — aquilo que lhe é próprio —, recusando qualquer outra determinação que se impõe acima dele mesmo, como uma impostura, um espectro que rouba sua própria identidade e, consequentemente, sua liberdade.

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Referências

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Publicado

2014-05-02

Como Citar

Augusto Ramos, C. (2014). STIRNER E A LIBERDADE COMO RADICAL AUTORREFERENCIALIDADE. Revista De Filosofia Aurora, 26(38), 361–373. https://doi.org/10.7213/aurora.26.038.AO.06

Edição

Seção

Fluxo contínuo