Constituição identitária de adolescentes em situação de vulnerabilidade social: tensões entre inclusão e exclusão
DOI:
https://doi.org/10.7213/psicolargum39.106.AO02Palavras-chave:
políticas públicas, vulnerabilidade social, crianças e adolescentes, construção de identidade social.Resumo
O artigo tece reflexões sobre o cenário de vulnerabilidade social de crianças e adolescentes, entendendo que normativas atuais inegavelmente devem estar alinhadas à Doutrina da Proteção Integral. Entretanto, o estudo da aplicação de políticas evidencia uma perspectiva excludente que esboça a expressão sintomática da violação de direitos. Avaliações e intervenções com esta população parecem apresentar contradições que podem tornar as práticas sociais voltadas a garantia de direitos incongruentes e mantenedoras de um estigma identitário, reforçando processos de exclusão advindos de violações de direito. Para que tal estudo tomasse forma reflexiva, propôs-se como metodologia de estudo, a análise documental dos dados de três programas brasileiros que fizeram parte de um estudo empírico internacional que investigou diferentes programas voltados à garantia de direitos de crianças e adolescentes. Como conclusões, pode-se perceber a necessidade de um pensamento crítico via práticas contra hegemônicas potencialmente emancipatórias, que ultrapassem a visão dicotômica e fragmentada que mantêm paradoxos (como o incluir excluindo) e contradições tanto nas práticas quanto em seus resultados.
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