LA DOCTRINA DIABÓLICA DE LA RETRIBUCIÓN Y LA TEOLOGÍA DE LA GRACIA DE JESÚS, EN EL EPISODIO DE LA TENTACIÓN
DOI:
https://doi.org/10.7213/2175-1838.14.002.AO03Resumen
A partir del episodio de las tentaciones de Jesús, el artículo compara dos hermenéuticas distintas, la del diablo, basada en la doctrina de la retribución, y la de Jesús, basada en la teología de la gracia. El análisis se hace sobre el episodio narrado por Mateo (Mt 4,1-11), considerando las diferencias que presenta Lucas (Lc 4,1-13). El género del relato se considera como un midrash hagádico, es decir, una narración para instruir, en torno a textos del Antiguo Testamento, específicamente Deuteronomio (Deuteronomio 6-8) con sus referencias a los episodios del Éxodo. En este sentido, el relato de las tentaciones se presenta como un debate entre un protagonista y un antagonista, como una especie de disputa entre dos rabinos, que confrontan textos de la Escritura. En las tres provocaciones del diablo demuestra su conocimiento de la Biblia, a través de citas textuales e interpretaciones fundadas. Sin embargo, su fundamento hermenéutico es el de la retribución, según el cual, siendo Jesús el Hijo de Dios, el Padre tendría la obligación de compensarlo con placer, poder y riqueza. Jesús, en sus respuestas, interpreta la filiación mesiánica como fidelidad a la propuesta del Padre, recorriendo el camino de la cruz, en la perseverancia en el servicio constante. El artículo tiene como objetivo aclarar los conceptos erróneos actuales contenidos en la llamada teología de la prosperidad, que se basa en la doctrina de la retribución.
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