Um não a Vidas Secas: o reconhecimento da água como direito humano fundamental e suas implicações como bem econômico envasado
DOI:
https://doi.org/10.7213/rev.dir.econ.socioambienta.05.002.AO05Palavras-chave:
Direito fundamental, Mercantilização, Água, Recursos hídricos.Resumo
O presente artigo pretende demonstrar o instituto da água, no viés de direito fundamental, considerado seu valor econômico. Somando-se a esse, que a preservação da água como garantia da sobrevivência das futuras gerações já é uma questão de abordagem mundial. Pois, apesar da água, bem natural, ser dotada de valor econômico, não se configura mercadoria, apesar da divergência doutrinária entre os termos água e recursos hídricos. Nesse viés, reconhecer a água como direito fundamental, consiste em atribuir ao Estado o dever de garantir um mínimo essencial à sadia qualidade de vida das presentes e futuras gerações, concretizado pelo fornecimento de água, respeitados os padrões de potabilidade, a gestão hídrica, a tutela administrativa e judicial das águas e a conscientização da importância da atuação conjunta entre poder público e sociedade. Desse modo, através do método dedutivo de abordagem e da pesquisa bibliográfica, por meio da matriz sistêmica-complexa, pretende-se analisar especificamente a problemática da tutela da água na modernidade. Destaca-se, a fim de preservar a manutenção da vida no planeta, a necessidade de efetivarse a normativa acerca do tema, não como mera expressão, mas como concretude edificadora,como um novo paradigma que contemple a vida e bem estar de toda a coletividade.Downloads
Referências
ANTUNES. P. de B. Direito ambiental. 5 ed. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2006.
BENJAMIN, A. H. Direito constitucional ambiental brasileiro. In : CANOTILHO, J. J. G; LEITE, J. R. M. (Orgs). Direito constitucional ambiental brasileiro. São Paulo: Saraiva, 2007.
BOURDIEU, P. Esboço de uma teoria da prática. In : ORTIZ, R. (org.) Pierre Bourdieu. São Paulo: Ática, 1994.
__________. O campo econômico. Revista Política e Sociedade ,
n. 5, p.15-57, abr.,2005.
CASTRO, J. E. O estudo interdisciplinar dos conflitos pela água no meio urbano: uma contribuição da sociologia. In : ZHOURI, A.; LASCHEFSKI, K. (Org.). Desenvolvimento e conflitos ambientais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010
COSTA, P. da; COSTA, M. C. G.; ZILLI J. E.; XAUD, H .A. M. A. Água e as Florestas Ribeirinhas. Boa Vista. Disponível em: ttp://www.cpafrr.embrapa.br/index.php/cpafrr/publica_es/documentos/a_gua _e_as_florestas_ribeirinhas. Acesso em: 13 de junho 2014.
COSTA, H. S. M. Meio ambiente e desenvolvimento: um convite à leitura. In : HISSA, C. E. V. Saberes ambientais, desafios para o conhecimento. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.
DECLARAÇÃO Universal dos Direitos da Água. Disponível em: <http://www.ambientebrasil.com.br /composer.php3?base=./agua/doce/index.html&conteudo=./agua/declaracaoa gua.html>. Acesso em: 20 de junho 2014.
FREITAS, V. P. Sistema jurídico brasileiro de controle da poluição das águas subterrâneas. Revista de Direito Ambiental, Revista dos Tribunais, ano 6, 2006.
_____________. Águas: Considerações Gerais. Freitas, V. P., Águas: Aspectos Jurídicos e Ambientais. 3ª ed., Ed. Juruá, Curitiba, 2008.
GIDDENS, A. As consequências da modernidade, Editora Unesp, São Paulo, 1991.
MACHADO, P. A. L. Recursos Hídricos: Direito Brasileiro e Internacional. São Paulo: Malheiros, 2002.
MARTINS, R.; FELICIDADE, N. Limitações da abordagem neoclássica como suporte teórico para a gestão de recursos hídricos no Brasil. In: FELICIDADE, N.; MARTINS, R.; LEME, A. (Org.). Uso e gestão dos recursos hídricos no Brasil. São Carlos: RiMa, 2003.
DAVIES, L. F.
MORAES, A. de. Direitos humanos fundamentais: teoria geral, comentários aos art.1º a 5º da Constituição da República Federativa do Brasil, doutrina e jurisprudência. 7.ed. São Paulo: Atlas, 2006.
MIRANDOLOA, C. M. S.; SAMPAIO, L. S.. Universalização do direito à água.
In : BARRAL, W.; PIMENTEL, L. O. (Org). Direito Ambiental e desenvolvimento. Florianópolis: Fundação Boiteux, 2006.
NAÇÕES Unidas no Brasil. Disponível em: <http://www.onubrasil.org.br/index.php> Acesso em: 01 junho . 2014. .
WOLKMER, A. C.; AUGUSTIN, S.; WOLKMER, M. F. S. O “novo” direito à água no constitucionalismo da América Latina. Revista Interthesis, v. 9, núm. 1, 2012.
ONU, 2014. http://www.onu.org.br/. Acesso 01 de junho 2014.
PETRELLA, R. O manifesto da água. Argumentos para um contrato mundial. Petrópolis: Editora Vozes, 2003.
SERRA, S. H. Águas Minerais do Brasil. Campinas: Millennium Editora, 2009.
SHIVA, V. Guerra por água: privatização, poluição e lucro, Editora Radical Livros, São Paulo, 2006.
Silva, J. A. da. Direito Ambiental Constitucional, Malheiros, 1997.
RIBEIRO, W. C. Geografia política da água. São Paulo: Annablume, 2008.
UNESCO, 2014. http://www.unesco.org/new/es. Acesso em 01 de junho 2014.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).