À procura de um método teológico libertador
da epistemologia clássica ao círculo hermenêutico de Juan Luis Segundo
DOI:
https://doi.org/10.7213/2318-8065.09.01.p62-80Resumo
Este artigo visa discutir a metodologia teológica das Teologias da Libertação. Para tanto, parte da explicitação dos fundamentos epistemológicos e metodológicos da Teologia clássica, passando pelo seu desenvolvimento no interior das Teologias da Libertação, chegando à discussão metodológica no pensamento de Juan Luis Segundo (1925-1996). Um dos teólogos de primeira geração das Teologias da Libertação, revelou especial interesse por fundamentar uma reflexão teológica que não apenas fale de libertação, mas que seja de fato libertadora. Para tanto, na sua compreensão, é necessário suspeitar, a partir de uma opção política humanizadora prévia e de uma experiência crítica da realidade, que as superestruturas (Igreja e teologia), como estão configuradas, sejam fonte de manutenção das injustas estruturas sociais. Por conseguinte, é necessário desideologizá-las. Para efetuar esta tarefa, a chave antropológico-libertadora reverbera sobre o método teológico. Para J. L. Segundo, tanto o método teológico clássico, quanto sua comum elaboração libertadora, são insuficientes e acabam por reproduzir um discurso progressista em linguagem tradicional, sucumbindo ao que criticam. Portanto, é preciso trazer à luz uma opção política prévia pela humanização do ser humano como pressuposto essencial de um método teológico libertador e aplicá-lo, em círculo hermenêutico, à teologia.






