A Preta-velha como arquétipo da narradora na literatura brasileira
DOI:
https://doi.org/10.7213/2318-8065.09.02.p68-79Resumen
A figura religiosa umbandista da Preta-velha possui uma representação contínua ao longo dos textos da literatura brasileira; isso se deve, provavelmente, ao fato de que ela está viva no inconsciente coletivo do Brasil. Por isso, o objetivo deste trabalho é investigar a representação da Preta-velha sob uma perspectiva literária, enfocando-a como a contadora de histórias. Assim, a justificativa para essa pesquisa é a retomada de uma figura religiosa da Umbanda que está consignada na literatura brasileira, e, portanto, no imaginário sócio cultural do Brasil. O aporte teórico utilizado na construção argumentativa foi: Freire (1963), Santos (1999), Estés (2007, 2018), Rezende (2017). No que diz respeito à metodologia, dois momentos foram fundamentais; o primeiro deles foi a escolha de um corpus de pesquisa a partir da literatura nacional, e o segundo momento, se deu com a comparação das representações literárias da Preta-velha (entre si). Sobre os achados da investigação, eles apontam que levando em consideração a literatura brasileira, a Preta-velha possui uma vinculação bastante forte com a oralidade, aliás uma das suas principais características é a contação de histórias. Além disso, a arte narrativa configurada ao objeto investigado pode ser considerada um recurso psíquico de desenvolvimento da consciência.






