O autoconceito cognitivo de estudantes pretos (as) e pardos (as)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.7213/psicolargum.37.97.AO01

Resumo

O presente trabalho propõe a análise sobre a associação entre a autoclassificação étnico-racial de estudantes pretos e pardos e o autoconceito cognitivo. Participaram do estudo 706 estudantes do Ensino Fundamental e Médio de escolas públicas (Idade Média = 13,39 anos; D. P. = 1,94). Os resultados indicaram que a idade apresentou associação inversamente proporcional ao autoconceito, enquanto participantes autoclassificados como pretos ou pardos apresentaram autoconceito cognitivo significativamente mais baixo que seus pares. Não foram identificadas interações entre gênero e autoconceito cognitivo.  Os resultados destacam a potencial ação de estereótipos negativos que podem influenciar o desenvolvimento do autoconceito cognitivo de crianças pretas e pardas. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Bandeira, D. R., Arteche, A. X., & Reppold, C. T. (2008). Escala de autopercepção de Harter para adolescentes: um estudo de validação. Psicologia: teoria e pesquisa. Brasília. Vol. 24, n. 3 (jul./set. 2008), p. 341-345.

Bonetti, A., & Abreu, M. A. (2011). Faces da desigualdade de gênero e raça no Brasil.

Carneiro, S. (2015). Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil. Selo Negro.

Cokley, K. O. (2014). The myth of Black anti-intellectualism: A true psychology of African American students. ABC-CLIO.

Corcino, J. R. M. J., & da Cunha, J. M. (2017). As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) como ferramenta em pesquisas acadêmicas: Análise do software KoBoToolbox. Revista Brasileira de Iniciação Científica, 4(9).

Da Silva, P. V. B. (2018). Apontamentos sobre o Racismo no Brasil. In J. M. da Cunha., H. T. Amaral., V. A. Yano., N. S. Machado (Orgs.), Bullying, Racismo e Discriminação Racial (Mod. 2, Cap. 2, pp. 10-63). Curitiba: NEAB-UFPR.

Fialho, C. E. M., & Miranda, T. B. (2014). Notes on methodology in the research" Blondes: a study on hair color and production of identity"/Notas de metodologia da pesquisa" Loiras: um estudo sobre cor do cabelo e producao da identidade". Revista Artemis, 18(1), 199-212.

Giménez, G. (2010). Cultura, identidad y procesos de individualización. Conceptos y fenómenos fundamentales de nuestro tiempo, 3.

Graham, S., & Echols, L. (2018). Race and ethnicity in peer relations research.

Hall, S. (2010). Sin garantías. Trayectorias y problemáticas en estudios culturales, 257-285.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2010). Censo demográfico 2010.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2017). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. Educação 2017.

Lemos, J. M., & Batista, A. P. (2017). Relação entre autoconceito de crianças e estilos de liderança de professores. Psicologia Escolar e Educacional, 21(1), 53-63.

Martins, R. (2013). Hip hop, arte e cultura política: expressões culturais e representações da diáspora africana. Em Questão, 19(2), 260-282.

Martins, E., dos Santos, A. D. O., & Colosso, M. (2013). Relações étnico-raciais e psicologia: publicações em periódicos da SciELO e Lilacs. Psicologia: teoria e prática, 15(3), 118-133.

Mazzon, J. A. (2009). Principais resultados: projeto de estudo sobre ações discriminatórias no âmbito escolar, organizadas de acordo com áreas temáticas, a saber, étnico-racial, gênero, geracional, territorial, necessidades especiais, socioeconômica e orientação sexual. São Paulo: Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Ministério da Educação, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais.

Oliveira, F. (2004). Ser negro no Brasil: alcances e limites. Estudos Avançados, 18(50), 57-60.

Paixão, M. (2008). A dialética do bom aluno: relações raciais eo sistema educacional brasileiro. Ed. FGV.

Paulo, J. O. D. S. (2014). Ameaça de estereótipo: efeitos da identidade racial, perceção intergrupal e sexo (Dissertação de Mestrado).

Phinney, J. S., & Chavira, V. (1992). Ethnic identity and self-esteem: An exploratory longitudinal study. Journal of adolescence, 15(3), 271-281.

Phinney, J. S., & Ong, A. D. (2007). Conceptualization and measurement of ethnic identity: Current status and future directions. Journal of counseling Psychology, 54(3), 271.

Sacco, A. M., de Paula Couto, M. C. P., & Koller, S. H. (2016). Revisão sistemática de estudos da psicologia brasileira sobre preconceito racial. Temas em Psicologia, 24(1), 233-250.

Santo, J. B., Bukowski, W. M., Stella‐Lopez, L., Carmago, G., Mayman, S. B., & Adams, R. E. (2013). Factors underlying contextual variations in the structure of the self: Differences related to SES, gender, culture, and “majority/nonmajority” status during early adolescence. Journal of Research on Adolescence, 23(1), 69-80.

Schiavoni, A., & de Cássia Martinelli, S. (2017). O autoconceito de estudantes aceitos e rejeitados no contexto escolar. Psicologia argumento, 30(69). p. 297-305.

Silva, J. F. D. (2007). Ameaça dos estereótipos na performance intelectual de estudantes universitários ingressos pelo sistema de cotas (Dissertação de Mestrado).

Steele, C. M., & Aronson, J. (1995). Stereotype threat and the intellectual test performance of African Americans. Journal of personality and social psychology, 69(5), 797.

Yasui, M., Dorham, C. L., & Dishion, T. J. (2004). Ethnic identity and psychological adjustment: A validity analysis for European American and African American

Downloads

Publicado

2020-02-11

Como Citar

Batista, M. do N., da Cunha, J. M., Ricci, B. N., Vasconselos, D. da S., Bittencourt, A. C., & de Macedo, A. M. B. (2020). O autoconceito cognitivo de estudantes pretos (as) e pardos (as). Psicologia Argumento, 37(97), 299–311. https://doi.org/10.7213/psicolargum.37.97.AO01

Edição

Seção

Artigos