Jezabel Desvelada, Violencia, Poder y Silenciamiento en la Construcción de una Enemiga Bíblica:
Un análisis crítico de las estrategias narrativas que moldean la memoria de Jezabel como una figura subversiva y amenazadora.
DOI:
https://doi.org/10.7213/2175-1838.17.003.AO05Resumen
El artículo analiza críticamente la construcción histórica y simbólica de la figura de Jezabel, reina de Israel, mostrando cómo fue transformada en un arquetipo de la mujer promiscua, peligrosa y rebelde en las tradiciones judeocristianas. Esta imagen resulta de lecturas deuteronomistas, postexílicas y patriarcales que interpretaron su actuación política y religiosa como una amenaza al orden patriarcal y al culto a Yahvé. La relectura de Jezabel en Apocalipsis 2:20 consolidó su estigma como símbolo de corrupción espiritual y seducción, utilizado para marginar a mujeres que ejercían poder o autonomía. Históricamente, la figura de Jezabel sirvió para criminalizar a mujeres transgresoras, desde monarcas hasta actrices, por desafiar las normas patriarcales. En los Estados Unidos esclavistas, el estereotipo de Jezabel fue apropiado para hipersexualizar a las mujeres negras, justificando violencia y violaciones, en contraste con el arquetipo de la “mammy” sumisa. Esta dicotomía fue utilizada para reprimir la autonomía femenina y sostener el orden colonial y patriarcal. El artículo concluye que deconstruir la imagen cultural de Jezabel es esencial para romper con los discursos que asocian feminidad con perversión y rebeldía con inmoralidad, mostrando cómo este personaje ha sido instrumentalizado como herramienta de opresión hasta la actualidad.
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