Enfisema subcutâneo generalizado, decorrente de ferida perfurante em equino

Autores

  • Yuri da Silva Bonacin Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista (FCAV-Unesp ), Jaboticabal, SP
  • Samuel dos Santos Sousa Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista (FCAV-Unesp ), Jaboticabal, SP
  • Gabriela Marchiori Bueno Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista (FCAV-Unesp ), Jaboticabal, SP
  • Amanda Chítero Weems & Stephens Equine Hospital, Aubrey, Texas
  • José Antonio Marques Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista (FCAV-Unesp ), Jaboticabal, SP
  • Paulo Aléscio Canola Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista (FCAV-Unesp ), Jaboticabal, SP

DOI:

https://doi.org/10.7213/1981-4178.2018.162503

Palavras-chave:

Gás. Clostridiose.Crepitação.Tegumento.Tórax

Resumo

Enfisema subcutâneo é descrito como o acúmulo de gás de origem multíplice para o espaço subcutâneo, depositando-se entre os feixes e fáscias musculares. Dentre as principais origens, podemos destacar perfurações de traqueia e feridas axilares. Os equinos são altamente suscetíveis a traumas de origem mecânica, tal como lesões por empalamento, choque contra objetos inanimados e brigas entre animais. quando encontradas em locais de movimento contínuo, como axilas, as lesões fazem o movimento de sucção do ar para o espaço subcutâneo, aparecendo nestes locais o sinal clínico clássico, que é a crepitação. Caso não seja instituído tratamento correto, o enfisema subcutâneo progride gradativamente, podendo levar a consequências mais graves como pneumotórax, pnumomediastino e infecções secundárias por bactérias do gênero Clostridium. O objetivo deste artigo é relatar o aparecimento de enfisema subcutâneo generalizado em uma égua da raça Quarto de Milha, de 10 anos de idade, causado por ferida axilar no membro torácico esquerdo. Ao exame físico, o animal apresentou todos os parâmetros fisiológicos dentro da normalidade, o que foi observado também no hemograma. O tratamento instituído foi à base de limpeza diária da ferida com solução fisiológica e clorexidines degermante e aquoso, com manutenção de uma compressa de gaze introduzida no local, embebida em nitrofurazona com açúcar. Em auxílio à drenagem do gás subcutâneo, foi realizada terapia hídrica e antibioticoterapia sistêmica por três dias, utilizando-se penicilina potássica, metronidazol e gentamicina. Houve restrição do movimento, mantendo o animal estabulado durante o tratamento. A alta médica ocorreu após 30 dias. O presente relato visa enfatizar a necessidade de um tratamento correto e de rápida escolha, a fim de evitar complicações que possam levar o animal a óbito.

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Biografia do Autor

Yuri da Silva Bonacin, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista (FCAV-Unesp ), Jaboticabal, SP

Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinária

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Publicado

05-10-2018

Como Citar

1.
Bonacin Y da S, dos Santos Sousa S, Marchiori Bueno G, Chítero A, Marques JA, Canola PA. Enfisema subcutâneo generalizado, decorrente de ferida perfurante em equino. Rev. Acad. Ciênc. Anim. [Internet]. 5º de outubro de 2018 [citado 21º de novembro de 2024];16(1):1-5. Disponível em: https://periodicos.pucpr.br/cienciaanimal/article/view/23647