Conhecimento populacional sobre leishmaniose no município de Marília, São Paulo, Brasil.

Autores

DOI:

https://doi.org/10.7213/1981-4178.2019.17008

Palavras-chave:

Epidemiologia. Protozoose. Zoonose. Saúde pública.

Resumo

A leishmaniose é um grupo de doenças infecciosas não contagiosas causadas por protozoários do gênero Leishmania. Possui, principalmente, apresentações viscerais e cutâneas. Diferentes formas da doença são amplamente distribuídas em todo o mundo, constituindo um importante problema de saúde pública. O cão doméstico (Canis familiaris) é apontado epidemiologicamente como o reservatório mais importante para Leishmania infantum, cuja transmissão ocorre por meio de flebotomíneos infectados com o protozoário. A falta de informação e de atitudes preventivas são alguns dos principais fatores relacionados à persistência das doenças infecciosas e parasitárias no Brasil. No caso das leishmanioses, na maioria das áreas onde a doença é endêmica o conhecimento restringe-se, muitas vezes, às pessoas que já tiveram a doença ou a casos na família ou proximidades. Por meio de inquéritos é possível buscar e detectar necessidades invisíveis, atuando com instrumento que permita, em primeiro plano, identificar e priorizar necessidades sanitárias por meio de amostras representativas de determinada população. Neste estudo, objetivou-se avaliar o conhecimento da população do município de Marília sobre leishmaniose, buscando identificar as particularidades da enfermidade que necessitam de maiores esclarecimentos. O estudo foi realizado por meio de inquérito populacional, com questões fechadas sobre o tema leishmaniose, abordando conceitos a respeito do conhecimento da enfermidade, formas de transmissão, agente etiológico, vetor e sintomatologia da doença. Do total de 420 pessoas entrevistadas, 91,19 % afirmaram conhecer a doença, porém apenas 69,71% destas conheciam de fato o vetor/forma de transmissão da enfermidade e 22,45% tinham conhecimento sobre onde o vetor se multiplica. Dos entrevistados que afirmaram conhecer a doença, 83,29% apontaram que humanos também podem adquirir a afecção e 40,99% disseram que cães podem ser curados. Os resultados demonstram que apesar de a maior parte da população de Marília afirmar conhecer a leishmaniose, ainda existe insuficiência de informações em alguns aspectos, frisando a necessidade de melhorias na divulgação de particularidades da enfermidade.

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Publicado

23-05-2019

Como Citar

1.
Youssef AG, Liutti Netto L, Tuani BRV, Serafim JMP, Teixeira DDB, Polegato EP dos S, et al. Conhecimento populacional sobre leishmaniose no município de Marília, São Paulo, Brasil. Rev. Acad. Ciênc. Anim. [Internet]. 23º de maio de 2019 [citado 22º de dezembro de 2024];17:1-7. Disponível em: https://periodicos.pucpr.br/cienciaanimal/article/view/24780

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