Comportamento ingestivo de éguas e potros da raça Crioula em campo nativo melhorado
DOI:
https://doi.org/10.7213/1981-4178.2018.162005Palavras-chave:
Etologia. Bem-estar animal. Pastejo.Resumo
O objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento ingestivo de éguas da raça Crioula, prenhas e com potro ao pé, em pastagem de campo nativo melhorado, durante os turnos da manhã, meio-dia e tarde. O experimento foi realizado na Cabanha Tamboré, localizada no município de São Francisco de Paula, no estado do Rio Grande do Sul. Foram selecionadas oito éguas com idade média de 9 anos, prenhas, com potros ao pé. Os animais foram alocados em um potreiro de 8 ha, composto por pastagem nativa, melhorada com trevo branco, trevo vermelho e cornichão. Foram avaliados três tratamentos: turno da manhã, turno do meio-dia e turno da tarde, durante o período das 8h às 18h, compreendendo dez horas totais de avaliação. A coleta dos dados foi realizada em três dias consecutivos. Foram anotadas as frequências dos comportamentos ingestivos e a interação entre os animais égua/égua, égua/potro e potro/potro. O método de avaliação utilizado foi o do etograma, técnica de amostragem do animal focal, com intervalos de 10 em 10 minutos entre as observações. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com 24 repetições de cada tratamento (para potros e para éguas, distintamente). Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste t a 5% de probabilidade. Os três principais comportamentos realizados pelos potros, durante as 10 hs de avaliação, foram dormir, ficar em ócio e pastejar, enquanto as éguas apresentaram como maior frequência os comportamentos de descanso e pastejo. O conhecimento das variáveis comportamentais em potros e éguas em pastoreio permite ao criador uma ferramenta para melhor manejar seus animais.