Síndrome da disfunção cognitiva canina: revisão de literatura
DOI:
https://doi.org/10.7213/1981-4178.2018.161108Palavras-chave:
Geriatria. Cães. Cognição. Senescência. Neurologia.Resumo
O presente trabalho teve por objetivo dissertar sobre os aspectos atuais acerca do processo de envelhecimento, bem como da síndrome da disfunção cognitiva canina. O processo de envelhecimento cerebral nos cães se caracteriza por alterações como atrofia cortical, mineralização meníngea, lesões perivasculares, angiopatia amiloide cerebrovascular, perda de neurônios, desmielinização, acúmulo de placas senis, danos oxidativos, entre outras. Devido à degeneração patológica que ocorre no cérebro, as alterações comportamentais são os primeiros sinais de declínio cognitivo em cães geriátricos. Desse modo, a síndrome da disfunção cognitiva (SDC) é reconhecida como uma doença neurodegenerativa que acomete animais a partir dos seis anos de idade, sendo seriamente subdiagnosticada, pois os tutores omitem as mudanças comportamentais de seus animais nas consultas veterinárias, acreditando que estas são alterações normais relacionadas ao envelhecimento. Outro fator importante é a falta de questionamento dos médicos veterinários quanto a mudanças que indicam declínio cognitivo. O diagnóstico é complexo e pode envolver exames de imagem, laboratoriais, aplicação de questionários específicos para alterações comportamentais, além da exclusão de outras enfermidades. O tratamento consiste na utilização de fármacos, enriquecimento ambiental, alteração no manejo e na dieta, objetivando retardar a evolução da doença e melhorar a qualidade de vida do paciente.