Conforto térmico de vacas leiteiras mestiças durante a inseminação e a relação com a taxa de concepção

Autores

  • Henrique Barbosa Hooper Universidade de São Paulo
  • Daniela de Oliveira Santana Salomão Universidade Federal de Uberlândia
  • Gustavo Ferreira Ayres Universidade Federal de Uberlândia
  • Cristiane Gonçalves Titto Universidade de São Paulo
  • Ricarda Maria dos Santos Universidade Federal de Uberlândia
  • Mara Regina Bueno de Mattos Nascimento Universidade Federal de Uberlândia

DOI:

https://doi.org/10.7213/1981-4178.2018.161006

Palavras-chave:

Bovinos leiteiros. IATF. ITU. ITE. Temperatura retal.

Resumo

Avaliou-se o conforto térmico de vacas leiteiras mestiças, anteriormente à inseminação artificial, e a relação com a taxa de concepção. Este estudo foi realizado em Uberlândia, Minas Gerais, região caracterizada por invernos secos e verões chuvosos, utilizando 112 vacas leiteiras mestiças, cuja composição genética envolvia as raças Holandesa, Gir, Jersey e Pardo Suíça. Os parâmetros fisiológicos, frequência respiratória e temperatura retal foram mensurados previamente à inseminação artificial, juntamente com os parâmetros ambientais,  temperatura, umidade do ar e velocidade do vento. A temperatura
mínima e a umidade relativa foram maiores no verão do que no inverno. Já a amplitude térmica foi menor no verão em relação ao inverno (p ˂ 0,05). As temperaturas média e máxima do ar, ITU (índice de temperatura e umidade) e ITE (índice de temperatura equivalente) não diferiram entre as estações (p ˃ 0,05). Observou-se uma tendência
de maior taxa de concepção quando as inseminações foram realizadas no ITU ≤ 72 (p = 0,06). Conclui-se que o momento em que foram realizadas as inseminações artificiais contribuiu para que os animais estivessem em  conforto térmico e, portanto, não foi observado prejuízo na taxa de concepção das vacas leiteiras mestiças.

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Biografia do Autor

Henrique Barbosa Hooper, Universidade de São Paulo

Médico Veterinário pela Universidade Federal de Uberlândia (2008-2013). Mestre em Biociência Animal pela Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo (2013-2015). Doutorando em Qualidade e Produtividade Animal pelo Programa de Zootecnia sob orientação do Prof. Dr. João Alberto Negrão no Laboratório de Fisiologia Animal, Departamento de Ciências Básicas, Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo. Atualmente trabalha com ênfase nas áreas de fisiologia da lactação, apoptose, proliferação celular, termorregulação, estresse, bioclimatologia e etologia.

Daniela de Oliveira Santana Salomão, Universidade Federal de Uberlândia

Médica Veterinária pela Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia

Gustavo Ferreira Ayres, Universidade Federal de Uberlândia

Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Uberlândia (2009) e mestrado em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Uberlândia (2012). 

Cristiane Gonçalves Titto, Universidade de São Paulo

Atualmente é Professora Associada da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos/USP, ministrando aulas para os cursos de Medicina Veterinária, Zootecnia e Engenharia de Biossistemas. Possui graduação em Zootecnia pela Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos/USP (2001), Mestrado em Zootecnia pela FZEA/USP (2007) e Doutorado em Zootecnia (FZEA/USP -2010). Suas pesquisas possuem ênfase em Biometeorologia Animal Aplicada, atuando principalmente nos seguintes temas: capacidade termolítica, etologia e bem-estar de animais de interesse zootécnico. 

Ricarda Maria dos Santos, Universidade Federal de Uberlândia

Possui graduação em Medicina Veterinária pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia de Botucatu (1995), mestrado em Medicina Veterinária pela Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinária de Jaboticabal (2002) e doutorado em Medicina Veterinária pela Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinária de Jaboticabal (2005). Atualmente é Professora Associada da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia. Tem experiência na área de produção animal, com ênfase em Eficiência Reprodutiva de Bovinos, atuando principalmente nos seguintes temas: saúde uterina, eficiência reprodutiva, detecção de cio, vacas de leite, inseminação artificial em tempo fixo e sincronização.

Mara Regina Bueno de Mattos Nascimento, Universidade Federal de Uberlândia

Graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Uberlândia (1986), mestrado e doutorado em Zootecnia pela Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias Unesp Campus de Jaboticabal, respectivamente, em 1994 e 2002. Atualmente é professora Associada IV responsável pelas disciplinas de "Bioclimatologia Animal", "trabalho de Conclusão I e II" no curso de Medicina Veterinária; "Bioclimatologia Zootécnica" no curso de Zootecnia e "Ambiência Animal" e "Metodologia Científica" no Programa de Pós-graduação em "Ciências Veterinárias" na Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia. Linha de pesquisa: Manejo e eficiência de produção dos animais, seus derivados e subprodutos.

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Publicado

28-08-2018

Como Citar

1.
Hooper HB, Salomão D de OS, Ayres GF, Titto CG, Santos RM dos, Nascimento MRB de M. Conforto térmico de vacas leiteiras mestiças durante a inseminação e a relação com a taxa de concepção. Rev. Acad. Ciênc. Anim. [Internet]. 28º de agosto de 2018 [citado 4º de novembro de 2024];16:1-10. Disponível em: https://periodicos.pucpr.br/cienciaanimal/article/view/23545

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