Da laudato à communio: interpelações da ecologia integral para a eclesiologia ecumênica

Autori

  • Raquel de Fátima Colet

DOI:

https://doi.org/10.7213/cd.a5n7p35-42

Parole chiave:

Ecumenismo. Ecologia integral. Communio. Eclesiologia. Unidade.

Abstract

Presente na agenda das igrejas, a questão ecológica interpela autocompreensão eclesial à medida em que evidencia elementos constitutivos do ser e da missão da Igreja. Tematizado na encíclica Laudato si’ do papa Francisco (2015), o conceito de ecologia integral favorece essa abordagem, permitindo um olhar sobre a casa comum que supere as questões socioambientais. Assumindo o ecumenismo como princípio formal da eclesiologia, busca-se aqui explicitar essa correlação, tomando como caminho hermenêutico as três categorias apontadas pela encíclica como base pedagógica para uma nova consciência – origem comum, recíproca pertença e futuro compartilhado. Destas se depreendem três ênfases teológicas como interpeladoras da unidade cristã – a primazia da graça, a dignidade da diversidade e o testemunho diaconal. Advoga-se, assim, pela perspectiva ecumênica presente na sensibilidade ecológica enquanto instância crítica do status quo da divisão cristã, e, ao mesmo tempo, como via possível de convergência da pluralidade eclesiológica. Conjugada na gramática da communio (comunhão), a ecologia integral explicita a dimensão unitiva do evangelho da criação e interpela as igrejas à superação de suas posturas exclusivistas em vista de um testemunho urgente e coerente da Igreja de Cristo na atualidade.

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Pubblicato

2017-12-13

Come citare

Colet, R. de F. (2017). Da laudato à communio: interpelações da ecologia integral para a eclesiologia ecumênica. Caminhos De Diálogo, 5(7), 35–42. https://doi.org/10.7213/cd.a5n7p35-42