Mulheres encarceradas na Penitenciária Feminina do Paraná: o agir da Teologia, Bioética e Pastoral Carcerária

Autores

  • Cecília Francisca dos Santos PUCPR
  • Waldir Souza PUCPR

Resumo

O presente artigo é resultado das visitas na Penitenciária Feminina do Paraná (PFP), localizada no município de Piraquara-Pr, onde está sendo desenvolvido o Programa Ciência e Transcendência: educação, profissionalização e inserção social, que atua em parceria com a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e a Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SEJU), desde o último trimestre de 2012. O objetivo é oferecer melhores perspectivas de vida às encarceradas e aos seus filhos que residem na penitenciária. Também visa mostrar a necessidade de se pensar no âmbito da reflexão teológica uma bioética voltada para as questões sociais, em suas mutações constantes e em sua realidade multifacetária. O método utilizado é o qualitativo bibliográfico, que oportunizou a coleta de dados para concluir este estudo. O envolvimento com a comunidade encarcerada é uma missão evangelizadora. Evangelizar é fazer Jesus Cristo conhecido! Nesta perspectiva é possível fazer uma conexão entre Teologia e Bioética. Na prisão, a pessoa é rotulada e coisificada como mero objeto de manipulação. É imprescindível e pertinente organizar um grupo de estudos na linha da bioética de intervenção e proteção; em conjunto com as Igrejas, sobretudo a Igreja Católica e os órgãos governamentais competentes para uma formação exclusiva no ambiente prisional.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Cecília Francisca dos Santos, PUCPR

Bacharel em Teologia pela PUCPR.

Waldir Souza, PUCPR

Professor do Curso de Teologia da PUCPR.

Referências

BÍBLIA. Bíblia de Jerusalém. Nova edição, revista e ampliada. São Paulo: Paulus, 2010.

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA. 9ª. ed. Petrópolis: Vozes; São Paulo: Loyola, Paulinas, Paulus, Ave-Maria, 1999. Citado como CIC.

CNJ, Conselho Nacional de Justiça. Cartilha da Mulher Presa. Disponível em http://www.cnj.jus.br/images/programas/comecar-de-novo/publicaoes/cartilha_da_mulher_presa_1_portugues_4pdf. Acesso em: 23 ago. 2014.

CONSELHO EPISCOPAL LATINO-AMERICANO (CELAM). Documento de Aparecida. São Paulo: Paulus, Paulinas, 2007. Citado como Dap.

DIMENSTEIN, Gilberto. O cidadão de papel: a infância, a adolescência e os Direitos Humanos no Brasil. São Paulo: Ática, 2011.

GARRAFA, Volnei; PORTO, Dora. Bioética, poder e injustiça: por uma ética de intervenção. In: GARRAFA, Volnei; PESSINI, Leocir. Bioética: poder e injustiça. São Paulo: Loyola/Centro Univ. São Camilo/Soc. Bras. de Bioética, 2003.

GOFFMAN, Erving. Manicômios, Prisões e Conventos. São Paulo: Perspectiva, 1987.

GOMBATA, Marsílea. O Brasil prende em massa, mas não sabe o que fazer com os detentos. Revista Carta Capital de 16-01-14. Disponível em http://www.ihu.unisinos.br/noticias/527370-o-brasil-prende-em-massa-mas-nao-sabe-o-que-fazer-com-os-detentos. Acesso em: 10 ago. 2014.

JUNGES, José Roque. As interfaces da Teologia com a Bioética: In: Perspectiva Teológica. Ano 37, n. 101, p. 105-122, jan./abr., 2005.

KOTTOW, Michel H. Comentários sobre Bioética, vulnerabilidade e proteção. In GARRAfA, Volnei; PESSINI, Leocir. Bioética: poder e injustiça. São Paulo: Loyola/Centro Univ. São Camilo/Soc. Bras. de Bioética, 2003.

LEITE, Carlos H. Bezerra. Manual de Direitos Humanos. 3ª. ed. São Paulo: Atlas, 2014.

NIETO, M. Evaristo. Vade-mécum do agente da Pastoral Carcerária. São Paulo: Paulinas, 2008.

OLIVEIRA, O. M. Prisão: um paradoxo social. Florianópolis: Editora da UFSC, 1996.

PORTO, Dora. Bioética de intervenção: retrospectiva de uma utopia. In: GARRAFA, Volnei; MARTINS, Gerson Z.; BARBOSA, S. Nascimento. Bioética, poderes injustiças: 10 anos depois. Brasília: CFM/Cátedra Unesco de Bioética/Soc. Bras. de Bioética, 2012.

SANTA RITA, Rosangela Peixoto. Mães e crianças atrás das grades: em questão o princípio da dignidade da pessoa humana. (Dissertação de Mestrado-Universidade de Brasília, 2006). Disponível em http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/6377/1/2006_Rosangela%20Peixoto%20Santa%20Rita.pdf. Acesso em 30 jul. 2014.

SCHRAMM, F. R. É pertinente e justificado falar em bioética de proteção?. In: GARRAFA, Volnei; MARTINS, Gerson Z.; BARBOSA, S. Nascimento. Bioética, poderes e justiças: 10 anos depois. Brasília: CFM/Cátedra Unesco de Bioética/Soc. Bras. de Bioética, 2012.

WOLFF, Maria Palma. A prisão. Uma instituição destinada a segregar, excluir e até a eliminar. Revista do Instituto Humanitas Unisinos, ON-LINE, a. IX, n. 293, 2009. Disponível em http://www.ihuonline.unisinos.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2553&secao=293 Acesso em: 12 ago. 2014.

Downloads

Publicado

2022-04-25

Como Citar

Santos, C. F. dos, & Souza, W. (2022). Mulheres encarceradas na Penitenciária Feminina do Paraná: o agir da Teologia, Bioética e Pastoral Carcerária. Caderno Teológico Da PUCPR, 7(1), 81–96. Recuperado de https://periodicos.pucpr.br/cadernoteologico/article/view/28014

Edição

Seção

Dossie: Teologia & Sociedade