O Princípio Pluralista: Problematização e Provocações | The Pluralistic Principle: problematization and provocations
DOI:
https://doi.org/10.7213/2318-8065.05.01.p10-25Resumo
O presente artigo procura enfatizar especificamente as possibilidades do “Princípio Pluralista” ser aplicado para além das tarefas de revisão da Teologia da Libertação, de resto absolutamente justificáveis, e contribuir para articulação de uma linguagem teológica criativa. A hipótese que orientou a pesquisa foi a suspeita de que o “Princípio Pluralista” pode realizar mais do que uma revisão na tradição teológica mencionada, sendo também útil na articulação de uma linguagem teológica criativa, desde que elabore novas conjugalidades teóricas, despedindo-se respeitosamente dos referenciais constantes de sua formulação. Optou-se aqui, como sugestão de horizontes de pesquisa, pela aproximação crítica entre o “Princípio Pluralista” e dois referenciais da filosofia da diferença (Deleuze e Heidegger), dois teóricos da história da ciência (Kuhn e Serres) e um antropólogo (Le Breton).
Abstract
This article seeks to emphasize the possibilities of the “Pluralist Principle” to be applied beyond the tasks of revising Liberation Theology – which are absolutely justified – and contribute to the articulation of a creative theological language. The hypothesis that guided the research was the suspicion that the “Pluralist Principle” can perform more than a review in the mentioned theological tradition, being also useful in the articulation of a creative theological language, as long as it elaborates new theoretical conjugalities, abandoning the theoretical references that have guided its formulation. We chose here, as a suggestion of research horizons, to approximate critically the “Pluralist Principle” and two references of the philosophy of difference (Deleuze and Heidegger), two theorists on the history of science (Kuhn and Serres) and an anthropologist (Le Breton).
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Referências
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