A verdade do ser e o simbolismo da cruz na individuação em Edith Stein

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Resumo

A individuação é o tema central da ontologia que abrange toda a história da formação do pensamento ocidental, desde a filosofia clássica, que tem relação com a constituição do indivíduo e de sua individualidade e chega ao Séc. XX renovada pela via da fenomenologia, e em especial como uma reflexão ontológica da pensadora Edith Stein. Diz respeito ao processo de desenvolvimento da pessoa, no tempo e espaço histórico enquanto processo de tornar-se si- mesmo. Em Edith Stein, o processo de individuação, como passagem de uma essência que se atualiza no contínuo ato existencial da vida no mundo, e é vivido na própria experiência pessoal de vida da autora, tornando-se um exemplo de transcendência, verdade do ser e de sentido da vida, cujo simbolismo é a cruz. A proposta deste ensaio é refletir sobre a experiência interior e a vida pessoal da própria pensadora como um exemplo de individuação. O método a ser utilizado no estudo é o de análise qualitativa do conceito em textos da referida autora, em sua experiência e em diálogo com outros pensadores sobre o tema. A reflexão no texto será apresentada do seguindo modo: 1) A individuação como verdade do ser; 2) Síntese epistemológica do conceito de individuação; 3) A experiência de individuação de Edith Stein; 4) O simbolismo da cruz no processo de individuação. Como resultado, espera-se poder apresentar uma síntese dos conceitos e demonstrá-lo na experiência pessoal da autora.

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Biografia do Autor

Ocir de Paula Andreata, Pontifícia Universidade Católica do PR

Doutorando em Teologia pela PUCPR, Mestre em Filosofia, graduado em Teologia e Psicologia, Especialista em Sexologia, pesquisador sobre o tema da Individuação; professor da Universidade Uniandrade; e coordenador do Curso de Especialização em Sexualidade Humana, na Universidade Positivo/PR.

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Publicado

2019-12-10

Como Citar

Andreata, O. de P. (2019). A verdade do ser e o simbolismo da cruz na individuação em Edith Stein. Caderno Teológico Da PUCPR, 4(1). Recuperado de https://periodicos.pucpr.br/cadernoteologico/article/view/24504