Antígona, parrhesía e feminilidade

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DOI:

https://doi.org/10.7213/psicolargum.41.113.AO03

Resumo

A questão “O que quer uma mulher?” acossa as mulheres desde a puberdade; entretanto, é preciso algum tempo para, subjetivamente, se inscrever nela, reconhecendo seus enigmas como abertura e não como fragilidade. Este estudo objetiva discutir os enigmas da feminilidade na mulher, ou seja, enigma como sinônimo de indagação. Para isso, por meio da peça de Sófocles, Antígona, articula os elementos principais em torno dessa mulher que encarna um Outro irrepresentável à parrhesía, conceito delimitado por Michel Foucault. A partir de Jacques Lacan, evidencia que Antígona faz ver o ponto de vista que define o complexo conceito de desejo. Não se trata de se dirigir ou encontrar o objeto de satisfação, mas de se manter desejante, apesar da condição metonímica que é própria dos objetos do desejo. A tragédia, tendo como meta a catarse, a purgação das paixões, do temor e da piedade, lança o sujeito para o lugar que é próprio do desejo. O inassimilável que está em jogo no desejo. Antígona é uma mulher que atrai de forma inarredável e seria justamente do lado dessa atração que se poderia procurar o que há de impetuoso na feminilidade.

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Biografia do Autor

Ester Maria Dreher Heuser, UNIOESTE/PR

  1. Docente-pesquisadora na Filosofia da UNIOESTE (Graduação e Pós-graduação); linha de pesquisa Ética e Filosofia Política. Doutora em Educação UFRGS. Rua General Alcides Etchegoyen, 771, Jardim La Salle, Toledo/PR, CEP : 85903-010

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Publicado

2023-06-30

Como Citar

Padoin Dalla Rosa, M. I., & Dreher Heuser, E. M. . (2023). Antígona, parrhesía e feminilidade. Psicologia Argumento, 41(113). https://doi.org/10.7213/psicolargum.41.113.AO03