Adicção em redes sociais, sintomatologia depressiva e de ansiedade social na pandemia de COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.7213/psicolargum.40.110.AO08Palabras clave:
vício em internet, interação social, depressão, ansiedade.Resumen
Este estudo objetivou analisar a associação entre o uso adicto de redes sociais, sintomas depressivos e ansiedade social. Participaram da pesquisa 161 indivíduos, (M = 29,9 anos; DP = 10,1), maiores de 18 anos de ambos os sexos. Devido à pandemia da Covid-19, os dados foram coletados online, através dos instrumentos Cuestionario de Adicción a Redes Sociales (CARS), Questionário de Ansiedade Social para Adultos (CASO), Escala Baptista de Depressão – Adulto – versão breve (EBADEP-A – versão breve) e Questionário Sociodemográfico. A partir da análise dos dados houve relato de maior frequência de uso de internet constantemente durante a pandemia, correlação positiva de moderada magnitude entre o uso adicto de redes sociais e sintomas depressivos, bem como com ansiedade social. Depressão e ansiedade apresentaram correlação positiva e de baixa magnitude. O sexo feminino apresentou maiores médias para depressão e uso adicto de redes sociais. Por fim, uma análise de caminho (path analysis) indicou que o uso adicto de redes sociais é preditivo para sintomatologia depressiva e de ansiedade social. Limitações do estudo e sugestão para novas pesquisas são discutidas.
Descargas
Citas
Referências
American Psychiatric Association [APA]. (2014). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais – DSM 5. Porto Alegre: Artmed.
Arbuckle, J. L. (2011). IBM SPSS Amos 20 user’s guide. Chicago, IL: SPSS.
Audino, T. F., Pacheco-Ferreira, F., & Herzo, R. (2018). O imperativo da felicidade nos dias atuais. Trivium - Estudos Interdisciplinares, 10(1), 49-59. doi: 10.18379/2176-4891.2018v1p.49
Baptista, M. N. (2012). Escala Baptista de Depressão versão Adulto - EBADEP-A. São Paulo: Vetor.
Baptista, M. N., & Carvalho, L. F. (2018). Diagnostic accuracy of a Brazilian depression self-report measure (EBADEP): Original and short versions. Avaliação Psicológica, 17(4), 484-492. doi: 10.15689/ap.2018.1704.8.08
Boyd, D., & Ellison, N. (2007) Social network sites: Definition, history, and scholarship. Journal of Computer-Mediated Communication, 113(1), 210-230. doi: 10.1111/j.1083-6101.2007.00393.x
Caballo, V. E., Arias, B., Salazar, I. C., Irurtia, M. J., Hofmann, S. G., & CISO-A Research Team (2015). Psychometric properties of an innovative self-report measure: The Social Anxiety Questionnaire for adults. Psychological Assessment, 27(3), 997-1012. doi: 10.1037/a0038828
Caballo, V. C., Salazar I. C., Nobre-Sandoval, L., Wagner, M. F., Arias, B., & Lourenço, L. (2017). Validação brasileira do questionário de ansiedade social para adultos (CASO). Psicologia: teoria e prática, 19(2), 131-150. doi: 10.5935/1980-6906/psicologia.v19n2p131-147
Carrera, F. (2012). Instagram no Facebook: Uma reflexão sobre ethos, consumo e construção de identidades em sites de redes sociais. Animus Revista Interamericana de Comunicação Midiática, 11(22),148-165. doi: 10.5902/217549776850
Echeburúa, E., & de Corral, P. (2010). Adicción a las nuevas tecnologías y a las redes sociales en jóvenes: un nuevo reto. Adicciones, 22(2), 91-96. doi: 10.20882/adicciones.196
Ellison, N. B., Steinfield C., & Lampe C. (2007) The benefits of Facebook “Friends:” Social Capital and College Students’ Use of Online Social Network Sites. Journal of Computer-Mediated Communication, 12(4), 1143–1168. doi: 10.1111/j.1083-6101.2007.00367.x
Fonsêca, P. N., Couto, R. N., Melo, C. C. V., Amorim, L. A. G., & Pessoa, V. S. A. (2018). Uso de redes sociais e solidão: evidências psicométricas de escalas. Arquivos Brasileiros de Psicologia, 70(3), 198-212. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-52672018000300014&lng=pt&tlng=pt.
Fuster, H., Chamarro, A., & Oberst, U. (2017). Fear of Missing Out, online social networking and mobile phone addiction: A latent profile approach. Revista de Psicologia, Ciències de l’Educació i de l’Esport, 35(1), 23-30. doi: 10.51698/aloma.2017.35.1.22-30
Gil, F., Valle, G. D., Oberst, U., & Chamarro, A. (2015). Nuevas tecnologías - ¿Nuevas patologías? El smartphone y el fear of missing out. Revista de Psicologia, Ciències de l'Educació i de l'Esport, 33(2), 77-83. Recuperado de: https://www.recercat.cat/bitstream/handle/2072/257438/301485-422850-1-SM.pdf?sequence
Gonçalves, A. M. C., Teixeira, M. T. B., Gama, J. R. de A., Lopes, C. S., Silva, G. A., Gamarra, C. J., Duque, K. C. D., & Machado, M. L. S. M. (2018). Prevalência de depressão e fatores associados em mulheres atendidas pela Estratégia de Saúde da Família. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 67(2), 101-109. doi: 10.1590/0047-2085000000192
Gómez, R., & González, J. M. (2008). Tecnología y malestar entre jóvenes: la celebración de lo inútil y la emergencia del trabajo liberado. Nómadas, 28,82-92. Recuperado de: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=5508090
Keles, B., McCrae, N., & Grealish, A. (2019). A systematic review: The influence of social media on depression, anxiety and psychological distress in adolescents. International Journal of Adolescence and Youth. Advance online publication. doi: 10.1080/02673843.2019.1590851
Kemp, S. (2021) Digital 2021: the latest insights into the ‘state of digital’. Recuperado de: https://wearesocial.com/blog/2021/01/digital-2021-the-latest-insights-into-the-state-of-digital
Kuss, D. J., & Griffiths, M. D. (2017). Social networking sites and addiction: Ten lessons learned. International Journal of Environmental Research and Public Health, 14(3), 311. doi: 10.3390/ijerph14030311
Lévy, P. (2007). Cibercultura. Editora 34. Recuperado de https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=7L29Np0d2YcC&oi=fnd&pg=PA11&dq=pierre+cibercultura&ots=gkQDBAXxgf&sig=1sbwvLiXe9whENMGJxBGCIFBw2I#v=onepage&q=pierre%20cibercultura&f=false
Mariano, T. E., Nobrega, J. M., Pimentel, C. E., Paiva, T. T., & Alves, T. P. (2019). Evidências psicométricas do Questionário de Engajamento em Mídias Sociais. Revista de Psicologia da IMED, 11(2), 115-128. doi: 10.18256/2175-5027.2019.v11i2.3303
Mayaute, M. E., & Blas, E. S. (2014). Construcción y validación del cuestionario de adicción a redes sociales (ARS). Liberabit, 20(1), 73-91. Recuperado de: http://www.scielo.org.pe/pdf/liber/v20n1/a07v20n1.pdf
McCord, B., Rodebaugh, T. L., & Levinson, C. A. (2014). Facebook: Social uses and anxiety. Computers in Human Behavior, 34, 23-27. doi: 10.1016/j.chb.2014.01.020
Moromizato, M. S., Ferreira D. B. B., Souza, L. S M., Leite, R. F., Macedo, F. N., & Pimentel, D. (2017). O uso de internet e redes sociais e a relação com indícios de ansiedade e depressão em estudantes de medicina. Revista Brasileira de Educação Médica. Recuperado de: https://www.scielo.br/pdf/rbem/v41n4/0100-5502-rbem-41-04-0497
Murphy, E. C., & Tasker T. E. (2011). Lost in a crowded room: a correlation study of Facebook and social anxiety. The Journal of Education, Community, and Values, 11. Recuperado de: https://core.ac.uk/download/pdf/48850797.pdf
Pilar, A.-M., Manuel, R.-R., Alberto-Jesús, P.-M., del Pilar, M.-J. M., Claudia, P., Dolores, R.-M. M., & Manuel, V.-A. (2020). Gender differences in the addiction to social networks in the Southern Spanish university students. Telematics and Informatics, 101304. doi: 10.1016/j.tele.2019.101304
Przybylski, A. K., Murayama, K., Cody, R., DeHaan, C. R., & Gladwell, V. (2013). Motivational, emotional, and behavioral correlates of fear of missing out. Computers in Human Behavior, 29 (4), 1841-1848. doi: 10.1016/j.chb.2013.02.014
R Core Team (2021). R: A Language and environment for statistical computing. (Version 4.0) [Computer software]. Retrieved from https://cran.r-project.org. (R packages retrieved from MRAN snapshot 2021-04-01).
Rosa, G. A. M. (2015). Estetização do self e elaboração psíquica: repercussões das redes sociais na subjetividade. Boletim - Academia Paulista de Psicologia, 35(89), 424-440. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-711X2015000200011&lng=pt&tlng=pt.
Rosa, G. A. M., & Santos, B. R. (2013). Facebook e as nossas identidades virtuais. Brasília: Thesaurus.
Rosa, G. A. M., & Santos, B. R. (2014). Facebook: Negociação de identidades e o medo da violência. Arquivos Brasileiros de Psicologia, 66(1), 18-32. Recuperado de: https://www.redalyc.org/pdf/2290/229030926002.pdf
Rosa, G. A. M., & Santos, B. R. (2015). Repercussões das redes sociais na subjetividade de usuários: uma revisão crítica da literatura. Temas em Psicologia, 23(4), 913-927. doi: 10.9788/TP2015.4-09
Sanches, P. F., & Forte C. E. (2019). Redes sociais e depressão: um estudo estatístico sobre a percepção de bem-estar em estudantes universitários. Revista Tecnológica da Fatec Americana, 7(2). Recuperado de: https://fatecbr.websiteseguro.com/revista/index.php/RTecFatecAM/article/view/226
Seabrook, E. M., Kern, M. L., Rickard, N. S. (2016). Social networking sites, depression, and anxiety: A systematic review. JMIR Ment Health, 3(4): e50. doi: 10.2196/mental.5842
The jamovi project (2021). jamovi. (Version 1.8) [Computer Software]. Retrieved from https://www.jamovi.org.
Wagner, M. F., Moraes, J. F. D., Oliveira, A. A. W., & Oliveira, M. S. (2017). Análise fatorial do Questionário de Ansiedade Social para Adultos. Arquivos Brasileiros de Psicologia, 69(1), 61-72. Recuperado de: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/arbp/v69n1/06.pdf
World Health Organization [WHO]. (2017). Depression and other common mental disorders: global health estimates. Recuperado de: https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/254610/WHO-MSD-MER-2017.2-eng.
Yoon, S., Kleinman, M., Mertz, J., & Brannick, M. (2019). Is social network site usage related to depression? A meta-analysis of Facebook-depression relations. Journal of affective disorders, 248, 65–72. doi: 10.1016/j.jad.2019.01.026
You, Z., Zhang, Y., Zhang, L., Xu, Y., & Chen, X. (2019). How does self-esteem affect mobile phone addiction? The mediating role of social anxiety and interpersonal sensitivity. Psychiatry Research, 271, 526-531. doi: 10.1016/j.psychres.2018.12.040
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 Editora Universitária Champagnat
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
O autor transfere, por meio de cessão, à EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o n.º 76.659.820/0009-09, estabelecida na Rua Imaculada Conceição, n.º 1155, Prado Velho, CEP 80.215-901, na cidade de Curitiba/PR, os direitos abaixo especificados e se compromete a cumprir o que segue:
- Os autores afirmam que a obra/material é de sua autoria e assumem integral responsabilidade diante de terceiros, quer de natureza moral ou patrimonial, em razão de seu conteúdo, declarando, desde já, que a obra/material a ser entregue é original e não infringe quaisquer direitos de propriedade intelectual de terceiros.
- Os autores concordam em ceder de forma plena, total e definitiva os direitos patrimoniais da obra/material à EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, a título gratuito e em caráter de exclusividade.
- A CESSIONÁRIA empregará a obra/material da forma como melhor lhe convier, de forma impressa e/ou on line, inclusive no site do periódico da EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, podendo utilizar, fruir e dispor do mesmo, no todo ou em parte, para:
- Autorizar sua utilização por terceiros, como parte integrante de outras obras.
- Editar, gravar e imprimir, quantas vezes forem necessárias.
- Reproduzir em quantidades que julgar necessária, de forma tangível e intangível.
- Adaptar, modificar, condensar, resumir, reduzir, compilar, ampliar, alterar, mixar com outros conteúdos, incluir imagens, gráficos, objetos digitais, infográficos e hyperlinks, ilustrar, diagramar, fracionar, atualizar e realizar quaisquer outras transformações, sendo necessária a participação ou autorização expressa dos autores.
- Traduzir para qualquer idioma.
- Incluir em fonograma ou produção audiovisual.
- Distribuir.
- Distribuir mediante cabo, fibra ótica, satélite, ondas ou qualquer outro sistema que permite ao usuário realizar a seleção da obra ou produção para recebê-la em tempo e lugar previamente determinados por quem formula a demanda e nos casos em que o acesso às obras ou produções se faça por qualquer sistema que importe em pagamento pelo usuário.
- Incluir e armazenar em banco de dados, físico, digital ou virtual, inclusive nuvem.
- Comunicar direta e/ou indiretamente ao público.
- Incluir em base de dados, arquivar em formato impresso, armazenar em computador, inclusive em sistema de nuvem, microfilmar e as demais formas de arquivamento do gênero;
- Comercializar, divulgar, veicular, publicar etc.
- Quaisquer outras modalidades de utilização existentes ou que venham a ser inventadas.
- Os autores concordam em conceder a cessão dos direitos da primeira publicação (ineditismo) à revista, licenciada sob a CREATIVE COMMONS ATTRIBUTION LICENSE, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria.
- Os autores autorizam a reprodução e a citação de seu trabalho em repositórios institucionais, página pessoal, trabalhos científicos, dentre outros, desde que a fonte seja citada.
- A presente cessão é válida para todo o território nacional e para o exterior.
- Este termo entra em vigor na data de sua assinatura e é firmado pelas partes em caráter irrevogável e irretratável, obrigando definitivamente as partes e seus sucessores a qualquer título.
- O não aceite do artigo, pela EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, tornará automaticamente sem efeito a presente declaração.