O “tempo ótimo” para a reinserção familiar: um estudo de caso de um adolescente institucionalizado
DOI:
https://doi.org/10.7213/psicolargum.40.111.AO03Palabras clave:
Institucionalização, Abrigo, Adolescente, Família, Direitos da Criança e do AdolescenteResumen
A reinserção familiar (RF) é um processo complexo que implica demandas do adolescente acolhido, sua família, normas institucionais e da legislação, que estabelece o tempo máximo de dois anos para a medida protetiva de acolhimento. O artigo objetivou apresentar e discutir um estudo de caso de um adolescente (15 anos), problematizando o “tempo ótimo” para a RF, a partir da sua perspectiva, da sua mãe e de um educador social, em três momentos (um mês antes da saída da instituição, um mês após e seis meses após o retorno para o contexto familiar). Verificou-se que o tempo de institucionalização excedeu em três vezes a normativa legal sobre o prazo máximo de acolhimento, bem como a existência de um descompasso entre os tempos dos diferentes personagens envolvidos. Reforça-se a necessidade da preparação contínua, da família e do adolescente, bem como o fortalecimento da rede de proteção, tão logo inicie a institucionalização.
Descargas
Citas
Acioli, R. M. L., Barreira, A. K., Lima, M. L. C. D., Lima, M. L. L. T. D., & Assis, S. G. D. (2018). Avaliação dos serviços de acolhimento institucional de crianças e adolescentes no Recife. Ciência & saúde coletiva, 23, 529-542. Doi: https://doi.org/10.1590/1413-81232018232.01172016
Almeida, S. G. C. de, & Morais, N. A de. (2016). Expectativas relacionadas à reinserção familiar: um estudo com adolescentes com histórico de situação de rua, familiares e educadores. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 16(2), 508-528. Recuperado de: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=451851666012.
Bardin L. 2009. Análise de Conteúdo. Lisboa, Portugal; Edições 70, LDA.
Cecconello, A. M., & Koller, S. H. (2019). Ecological engagement in the Community: a methodological proposal for the study of families at risk. In: Koller, S., Paludo, S., de Morais, N. (Orgs). Ecological Engagement (pp. 13-27). Springer, Cham. Doi: https://doi.org/10.1007/978-3-030-27905-9_2
Costa, M. J. M., Yunes, M. A. M., & El Achkar, A. M. N. (2020). A inserção ecológica como estratégia investigativa do atendimento e cuidado de pacientes oncológicos. Research, Society and Development, 9(11), e67891110067-e67891110067. Doi: 10.33448/rsd-v9i11.10067.
Decreto Nº 99.710, de 21 de novembro de 1990. (1990, 21 de novembro). Dispõe da convenção dos direitos da criança e do adolescente. Brasília, DF: Subchefia de assuntos jurídicos. Casa civil. Recuperado de: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/D99710.htm.
Guedes, C. F., & Scarcelli, I. R. (2014). Acolhimento institucional na assistência à infância: o cotidiano em questão. Psicologia & Sociedade, 26(SPE), 58-670. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-71822014000500007.
L'Abbate, M. D. C. R., & Dias, F. C. T. (2018). A promoção da convivência familiar e comunitária às crianças e adolescentes em acolhimento institucional em Sete Lagoas/MG. Revista Brasileira de Ciências da Vida, 6(1). Recuperado de: http://jornalold.faculdadecienciasdavida.com.br/index.php/RBCV/article/view/370
Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990 (1990, 13 de julho). Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília, DF: Câmara dos Deputados. Recuperado em 13 de março, 2021, de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm.
Mastroianni, F. D. C., Sturion, F. R., Batista, F. D. S., Amaro, K. C., & Ruim, T. B. (2018). (Des) acolhimento institucional de crianças e adolescentes: aspectos familiares associados. Fractal: Revista de Psicologia, 30(2), 223-233. DOI: https://doi.org/10.22409/1984-0292/v30i2/5496.
Monteiro, B. N. S., Costa, A. C. R. D., Cruz, E. J. S. D., & Magalhães, C. M. C. (2020). Crianças em acolhimento institucional: dificuldades e possibilidades para a reinserção familiar. Pensando familias, 24(1), 128-143. Recuperado de: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1679-494X2020000100010
Morais, N. D. A., Koller, S. H., & Raffaelli, M. (2016). Inserção Ecológica na pesquisa sobre trajetórias de vida de adolescentes em situação de vulnerabilidade social: Identificando fatores de risco e proteção. In S. S. Paludo & S. H. Koller (Orgs.) Inserção ecológica: um método de estudo do desenvolvimento humano. São Paulo: Casa do Psicólogo.
Resolução Conjunta Nº 01, de 13 de dezembro de 2006. (2006, 13 de dezembro). Dispõe do Plano Nacional de Promoção, Defesa e Garantia do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária. Brasilia, DF: Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente /Conselho Nacional de Assistência Social. Ministério do desenvolvimento social e combate à fome, secretaria especial de direitos humanos. Brasília. 2006. Recuperado em 06 de março de 2021: http://www.sdh.gov.br/assuntos/criancas-e-adolescentes/programas/pdf/plano-nacional-de-convivencia-familiar-e.pdf.
Resolução conjunta Nº 1, de 18 de junho de 2009. (2009, 18 de junho). Dispõe das Orientações Técnicas para os Serviços e acolhimento para crianças e adolescentes. Brasília, DF: Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente /Conselho Nacional de Assistência Social. Ministério do desenvolvimento social e combate à fome, secretaria especial de direitos humanos. Recuperado em 06 de março de 2021: http://www.sdh.gov.br/assuntos/criancas-e-adolescentes/programas/pdf/orientacoes-tecnicas.pdf.
Santana, N. G. D. (2019). O direito à convivência familiar e comunitária: acolhimento institucional e incidência das recomendações internacionais na Política de Atenção à Criança e ao Adolescente no Brasil. Dissertação de mestrado. Programa de Pós Graduação em serviço social. Universidade Federal de Pernambuco, Pernambuco. Recuperado de: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34326.
Yin, R. K. (2015). Estudo de Caso-: Planejamento e métodos. Bookman editora. 5ª edição. P. 225-234.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 Editora Universitária Champagnat
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
O autor transfere, por meio de cessão, à EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o n.º 76.659.820/0009-09, estabelecida na Rua Imaculada Conceição, n.º 1155, Prado Velho, CEP 80.215-901, na cidade de Curitiba/PR, os direitos abaixo especificados e se compromete a cumprir o que segue:
- Os autores afirmam que a obra/material é de sua autoria e assumem integral responsabilidade diante de terceiros, quer de natureza moral ou patrimonial, em razão de seu conteúdo, declarando, desde já, que a obra/material a ser entregue é original e não infringe quaisquer direitos de propriedade intelectual de terceiros.
- Os autores concordam em ceder de forma plena, total e definitiva os direitos patrimoniais da obra/material à EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, a título gratuito e em caráter de exclusividade.
- A CESSIONÁRIA empregará a obra/material da forma como melhor lhe convier, de forma impressa e/ou on line, inclusive no site do periódico da EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, podendo utilizar, fruir e dispor do mesmo, no todo ou em parte, para:
- Autorizar sua utilização por terceiros, como parte integrante de outras obras.
- Editar, gravar e imprimir, quantas vezes forem necessárias.
- Reproduzir em quantidades que julgar necessária, de forma tangível e intangível.
- Adaptar, modificar, condensar, resumir, reduzir, compilar, ampliar, alterar, mixar com outros conteúdos, incluir imagens, gráficos, objetos digitais, infográficos e hyperlinks, ilustrar, diagramar, fracionar, atualizar e realizar quaisquer outras transformações, sendo necessária a participação ou autorização expressa dos autores.
- Traduzir para qualquer idioma.
- Incluir em fonograma ou produção audiovisual.
- Distribuir.
- Distribuir mediante cabo, fibra ótica, satélite, ondas ou qualquer outro sistema que permite ao usuário realizar a seleção da obra ou produção para recebê-la em tempo e lugar previamente determinados por quem formula a demanda e nos casos em que o acesso às obras ou produções se faça por qualquer sistema que importe em pagamento pelo usuário.
- Incluir e armazenar em banco de dados, físico, digital ou virtual, inclusive nuvem.
- Comunicar direta e/ou indiretamente ao público.
- Incluir em base de dados, arquivar em formato impresso, armazenar em computador, inclusive em sistema de nuvem, microfilmar e as demais formas de arquivamento do gênero;
- Comercializar, divulgar, veicular, publicar etc.
- Quaisquer outras modalidades de utilização existentes ou que venham a ser inventadas.
- Os autores concordam em conceder a cessão dos direitos da primeira publicação (ineditismo) à revista, licenciada sob a CREATIVE COMMONS ATTRIBUTION LICENSE, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria.
- Os autores autorizam a reprodução e a citação de seu trabalho em repositórios institucionais, página pessoal, trabalhos científicos, dentre outros, desde que a fonte seja citada.
- A presente cessão é válida para todo o território nacional e para o exterior.
- Este termo entra em vigor na data de sua assinatura e é firmado pelas partes em caráter irrevogável e irretratável, obrigando definitivamente as partes e seus sucessores a qualquer título.
- O não aceite do artigo, pela EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, tornará automaticamente sem efeito a presente declaração.