Terapia cognitivo-comportamental: estratégias e intervenções para abuso de substâncias
DOI:
https://doi.org/10.7213/psicolargum.40.110.AO04Palabras clave:
Drogadição, Redução de danos, Abstinência, Internação, Terapia cognitivo-comportamentalResumen
O abuso de substâncias refere-se ao uso danoso de substâncias psicoativas, sem distinções acerca da legalidade. Sabendo da diversidade de tratamentos com diversos graus de efetividade, tendo em vista recentes priorizações de uns sobre outros nas políticas públicas e pontuando a redução de danos como continuidade da reforma psiquiátrica, esta pesquisa objetivou analisar se a terapia cognitivo-comportamental, no contexto de redução de danos, é uma alternativa viável aos processos de internação e/ou abstinência. A metodologia de pesquisa proposta foi a revisão sistemática, a qual se realizou por meio de pesquisa bibliográfica nos portais EBSCOhost e Google Acadêmico, utilizando-se do modelo PRISMA para a seleção. A hipótese levantada sugere que a terapia no contexto proposto é mais eficaz na garantia do bem-estar e da saúde. Os resultados apontam para uma sinergia entre terapia cognitivo-comportamental e estratégia de redução de danos, assim como limitações à estratégia dos 12 passos. Mais estudos na área são necessários para verificar a eficácia da terapia cognitivo-comportamental nos contextos de redução de danos e de abstinência/internação. As intervenções de redução de danos se mostraram eficazes no tratamento do abuso de substâncias, especialmente quando utilizadas conjuntamente a abordagens cognitivo-comportamentais.
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