INDICATIVOS DE BURNOUT E ESTRATÉGIAS DE COPING DE PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS
DOI:
https://doi.org/10.7213/psicolargum39.105.AO06Palabras clave:
Educação, Psicologia, Comportamento.Resumen
Este estudo transversal investigou os indicativos de burnout e as estratégias de coping de 200 professores de uma universidade federal. Os instrumentos foram o Questionário para avaliação da Síndrome do Burnout no trabalho e a Escala de Modos de Enfrentamento de Problemas. A análise dos dados foi conduzida por meio dos testes de Kolmogorov-Smirnov, Mann-Whitney, Kruskal-Wallis e correlação de Spearman (p<0,05). As mulheres apresentaram mais desgaste psíquico e culpa, utilizaram mais estratégias voltadas para o problema e buscaram mais apoio social e práticas religiosas para enfrentamento das adversidades do que os homens. Os professores de Programas de Pós-Graduação apresentaram maior “ilusão para o trabalho”. Os docentes da área da saúde utilizam mais estratégias relacionadas às práticas religiosas do que os docentes dos cursos de sociais/humanas, e buscam mais suporte social do que os docentes de exatas e sociais/humanas. As correlações significativas encontradas foram: ilusão pelo trabalho com focalização no problema (r = 0,44), busca de práticas religiosas (r = 0,22) e busca de suporte social (r = 0,31); desgaste psíquico com focalização no problema (r = -0,28) e focalização na emoção (r = 0,31); indolência com focalização no problema (r = -0,24) e focalização na emoção (r = 0,37); culpa com focalização no problema (r = -0,26) e focalização na emoção (r = 0,53). Concluiu-se que as professoras apresentam maiores indicativos de Burnout quando comparados com os homens, mas as professoras e docentes da área de saúde apresentam maiores estratégias de enfrentamento quando comparado aos seus pares. Além disso, os professores de pós-graduação apresentam maiores indicativos de Burnout.
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