As dores do “amor”: uma revisão sistemática sobre as consequências da violência por parceiro íntimo
DOI:
https://doi.org/10.7213/psicolargum39.105.AO11psicolargum39.105.AO11Palabras clave:
Violência por Parceiro Íntimo, saúde da mulher, saúde mental, rede intersetorialResumen
Os impactos e as consequências da Violência Por Parceiro (VPI) íntimo na saúde mental de mulheres são preocupações generalizadas por parte da comunidade cientifica, demandando olhar especializado de uma rede intersetorial que aufira caráter de prioridade para este fenômeno repetitivo e retroalimentado de forma passiva pela sociedade. Essa revisão sistemática se dispôs a verificar a sintomatologia expressiva presente em mulheres vítimas de VPI ao redor do mundo, intencionando verificar em contexto multicultural a incidência de danos para a saúde deste público. O estudo foi estruturado conforme a estratégia metodológica de revisões sistemáticas – PRISMA, utilizando-se artigos nacionais e internacionais publicados no período de 2008 a 2017, de delineamento transversal e evidenciando o repertório técnico sobre o assunto dos últimos 10 anos. Os resultados alcançados indicaram consequências danosas à autoestima, auto conceito, senso de identidade e qualidade de vida das mulheres, oriundas das violências física, psicológica e sexual, revelando a existência de variados quadros clínicos com impactos à saúde mental requerendo efetividade nos serviços de rede intersetorial.
Descargas
Citas
Referências
Afifi, Z. E. M., Al-Muhaideb, N. S., Hadish, N. F., Ismail, F. I., & Al-Qeamy, F. M. (2011). “Domestic violence and its impact on married women’s health in Eastern Saudi Arabia”. Saudi Medical Journal., 32(6). Recuperado de <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21666945>
Alves, R., Santos, G., Ferreira, P., Costa, A., & Costa, E. (2017). Atualidades sobre a psicologia da saúde e a realidade Brasileira. Psicologia, Saúde & Doenças, 18(2). doi: https://dx.doi.org/10.15309/17psd180221
Anastario, M., Shehab, N., & Lawry, L. (2009) “Increased gender-based violence among women internally displaced in Mississippi 2 years post-Hurricane Katrina”. Disaster Medicine Public Health Preparedness, 3(1). Recuperado de <http://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/mdl-19293740>
Bittar, D., & Kohlsdorf, M. (2013). “Ansiedade e depressão em mulheres vítimas de violência doméstica”. Psicologia Argumento, 31(74). doi: http://dx.doi.org/10.7213/psicol.argum.31.074.DS08.
Casique, L., & Furegato, A. R. F. (2006) “Violência contra mulheres: Reflexões teóricas”. Latino-Americana de Enfermagem. São Paulo, 14. doi: https://doi.org/10.1590/S0104-11692006000600018 >.
Cheng, T. C., & Lo, C. C. (2014). “Domestic violence and treatment seeking: a longitudinal study of low-income women and mental health/substance abuse care”. International. Journal Health Service, 44(4). Recuperado de: <http://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/mdl-25626226>
Ferrari, G., Agnew-Davies, R., Bailey, J., Howard, L., Howarth, E., Peters, T. J., Sardinha, L., & Feder, G. S. (2016). Domestic violence and mental health: a cross-sectional survey of women seeking help from domestic violence support services. Global Health Action, 9(10). doi: 10.3402/gha.v9.29890.
Ferreira, R. M., Vasconcelos, T. B., Moreira Filho, R. E., & Macena, R. H. M. (2015). “Características de saúde de mulheres em situação de violência doméstica abrigadas em uma unidade de proteção estadual”. Revista Ciência & Saúde Coletiva, 21(12). doi: https://doi.org/10.1590/1413-812320152112.09092015.
Frugoli, R., & Furquim, G. T. (2019) Conhece violência contra as mulheres? E a psicológica? In L. M. Caetano; S. C. Silva. (Org.). Psicologia para Pais e Educadores. (1a ed, vol. 2, pp. 117-126). Curitiba, PR: Juruá.
Frugoli, R., Tanizaka, H., Carmassi, M. R., & Silva, C. J. (2019). Violência contra as mulheres universitárias: Passividade institucional e vulnerabilidade no âmbito acadêmico. Revista Científica Eletrônica de Psicologia (FAEF), 33(1). Recuperado de: <http://faef.revista.inf.br/site/e/psicologia-33-edicao-novembro-de-2019.html#tab1458>
Gonzalez-Guarda, R. M., Vasquez, E. P., Urrutia, M. T., Villarruel, A. M., & Peragallo, N. (2011). “Hispanic women’s experiences with substance abuse, intimate partner violence, and risk for HIV. J Transcult Nurs, 22(1). Recuperado de: <http://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/mdl-21191036>
Guimarães R. C. S., Soares M. C. S., Santos R. C., Moura J. P., Freire T. V. V., & Dias M. D. (2018). Impacto na autoestima de mulheres em situação de violência doméstica atendidas em Campina Grande, Brasil. Revista Cuidarte. 9(1). (Publicação eletrônica antecipada). doi: http://dx.doi.org/10.15649/cuidarte.v9i1.438
Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (2006, 7 de agosto). Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República: Secretaria-Geral: Subchefia para Assuntos Jurídicos. Recuperado em 20 de junho, 2019, de <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm>
Leite, F. M. C., Silva, A. C. A., Bravim, L. R., Tavares, F. L., Primo, C. C., & Lima, E. F. A. (2016). Mulheres vítimas de violência: percepção, queixas e comportamentos relacionados à sua saúde. Revista de Enfermagem – UFPE on-line, 10(6). Recuperado de: <http://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/bde-30044>
Lettiere, A., & Nakano, A. M. S. (2011). Violência doméstica: as possibilidades e os limites de enfrentamento. Revista Latino Americana de Enfermagem, 19(6). Recuperado de: < http://www.scielo.br/pdf/rlae/v19n6/pt_20.pdf>
Medina, N. T., Erazo, G. E. C., Dávila, D. C. B., & Humphreys, J. C. (2011). Contribution of intimate partner violence exposure, other traumatic events and posttraumatic stress disorder to chronic pain and depressive symptoms. Investigación y educación en enfermería, 29(2). Recuperado de: <http://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-597397>
Mendonça, M. F. S., & Ludemir, A. B. (2017). Violência por parceiro íntimo e incidência de transtorno mental comum. Revista de Saúde Pública, 51(32). doi: https://doi.org/10.1590/s1518-8787.2017051006912.
Moher D., Liberati, A., Tetzlafl, J., & Altman, D. G. The PRISMA Group (2010). “Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses: The PRISMA Statement”. International Journal of Surgery, 8(5). Recuperado de: <https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1743919110000403>
Neto, P. J. A. V., Moreira, R. S., Oliveira Júnior, F. J. M., & Ludermir, A. B. (2020). Tentativa de suicídio, transtorno de estresse pós-traumático e fatores associados em mulheres do Recife. Revista Brasileira de Epidemiologia, 23. (Publicação eletrônica antecipada) doi: https://doi.org/10.1590/1980-549720200010
Oliveira, L, A. S., & Leal, S. M. C. (2016). Mulheres em situação de violência que buscaram apoio no centro de referência Geny Lehnen/RS”. Enfermagem em 7(2). Recuperado de:<http://revista.cofen.gov.br/index.php/enfermagem/article/view/800/325>
OMS. Organização Mundial da Saúde (2002). Saúde mental: nova concepção, nova esperança. Relatório Mundial da Saúde. Genebebra: OMS. Recuperado de: <https://www.who.int/whr/2001/en/whr01_djmessage_po.pdf>
Saffioti, H. I. B. (2001). Contribuições feministas para o estudo da violência de gênero. Cadernos Pagu, 16, 115-136. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-83332001000100007
Santos, D. F., Castro, D. S., Lima, E. F. A., Neto, L. A., Moura, M. A. V., & Leite, F. M. C. (2017). Percepção de mulheres acerca da violência vivenciada”. Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental, 9(1). (Publicação eletrônica antecipada). Recuperado de: <http://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-836326>
Santos A. G., Monteiro C. F. S., Feitosa C. D. A., Veloso C., Nogueira L. T., & Andrade E. M. L. R. (2018). Tipos de transtornos mentais não psicóticos em mulheres adultas violentadas por parceiro íntimo: uma revisão integrativa. Revista da Escola de Enfermagem da USP. (Publicação eletrônica antecipada). doi: http://dx.doi.org/10.1590/s1980-220x2017030203328.
Sanz-Barbero, B., Rey, L., & Otero-García, L. (2013). Estado de salud y violencia contra la mujer em la pareja. Gaceta Sanitaria, 28(2). doi: http://dx.doi.org/10.1016/j.gaceta.2013.08.004
Schraiber, L. B., D’Oliveira, A. F. P. L., & Couto, M. T. (2006) “Violência e saúde: estudos científicos recentes”. Revista de Saúde Pública, 40. Recuperado de: <https://www.scielosp.org/pdf/rsp/2006.v40nspe/112-120/pt>
Silva, S. A., Lucena, K. D. T., Deininger, L. S. C., Coelho, H. F. C., Vianna, R. P. T., & Anjos, U. U. (2015). Análise da violência doméstica na saúde das mulheres”. Revista Brasileira de Crescimento e Desenvolvimento Humano, v. 25(2), 182-186. doi: http://dx.doi.org/10.7322/JHGD.103009
Silva, R. F., Tanizaka, H., & Soares, S. R. (2018). A Violência contra as Mulheres no percurso de vida: análise sobre um psicodiagnóstico de abordagem de base fenomenológica. In A. L. Oliveira; P. F. Castro. (Org.). Psicologia: novos olhares. (1a ed., vol. 1, pp.143-162). Taubaté, SP: edUNITAU.
Wuest, J., Ford-Gilboe, M., Merritt-Gray, M., Varcoe, C., Lent, B., Wilk, P., & Campbell, J. (2009). Abuse-related injury and symptoms of posttraumatic stress disorder as mechanisms of chronic pain in survivors of intimate partner violence. Pain Medicine, 10(4). doi:10.1111/j.1526-4637.2009.00624.x.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
O autor transfere, por meio de cessão, à EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o n.º 76.659.820/0009-09, estabelecida na Rua Imaculada Conceição, n.º 1155, Prado Velho, CEP 80.215-901, na cidade de Curitiba/PR, os direitos abaixo especificados e se compromete a cumprir o que segue:
- Os autores afirmam que a obra/material é de sua autoria e assumem integral responsabilidade diante de terceiros, quer de natureza moral ou patrimonial, em razão de seu conteúdo, declarando, desde já, que a obra/material a ser entregue é original e não infringe quaisquer direitos de propriedade intelectual de terceiros.
- Os autores concordam em ceder de forma plena, total e definitiva os direitos patrimoniais da obra/material à EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, a título gratuito e em caráter de exclusividade.
- A CESSIONÁRIA empregará a obra/material da forma como melhor lhe convier, de forma impressa e/ou on line, inclusive no site do periódico da EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, podendo utilizar, fruir e dispor do mesmo, no todo ou em parte, para:
- Autorizar sua utilização por terceiros, como parte integrante de outras obras.
- Editar, gravar e imprimir, quantas vezes forem necessárias.
- Reproduzir em quantidades que julgar necessária, de forma tangível e intangível.
- Adaptar, modificar, condensar, resumir, reduzir, compilar, ampliar, alterar, mixar com outros conteúdos, incluir imagens, gráficos, objetos digitais, infográficos e hyperlinks, ilustrar, diagramar, fracionar, atualizar e realizar quaisquer outras transformações, sendo necessária a participação ou autorização expressa dos autores.
- Traduzir para qualquer idioma.
- Incluir em fonograma ou produção audiovisual.
- Distribuir.
- Distribuir mediante cabo, fibra ótica, satélite, ondas ou qualquer outro sistema que permite ao usuário realizar a seleção da obra ou produção para recebê-la em tempo e lugar previamente determinados por quem formula a demanda e nos casos em que o acesso às obras ou produções se faça por qualquer sistema que importe em pagamento pelo usuário.
- Incluir e armazenar em banco de dados, físico, digital ou virtual, inclusive nuvem.
- Comunicar direta e/ou indiretamente ao público.
- Incluir em base de dados, arquivar em formato impresso, armazenar em computador, inclusive em sistema de nuvem, microfilmar e as demais formas de arquivamento do gênero;
- Comercializar, divulgar, veicular, publicar etc.
- Quaisquer outras modalidades de utilização existentes ou que venham a ser inventadas.
- Os autores concordam em conceder a cessão dos direitos da primeira publicação (ineditismo) à revista, licenciada sob a CREATIVE COMMONS ATTRIBUTION LICENSE, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria.
- Os autores autorizam a reprodução e a citação de seu trabalho em repositórios institucionais, página pessoal, trabalhos científicos, dentre outros, desde que a fonte seja citada.
- A presente cessão é válida para todo o território nacional e para o exterior.
- Este termo entra em vigor na data de sua assinatura e é firmado pelas partes em caráter irrevogável e irretratável, obrigando definitivamente as partes e seus sucessores a qualquer título.
- O não aceite do artigo, pela EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, tornará automaticamente sem efeito a presente declaração.