Percepção de casais que vivenciaram perda gestacional sobre o apoio social

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.7213/psicolargum.38.102.AO09

Palabras clave:

Aborto espontâneo, Apoio social, Luto.

Resumen

A perda gestacional é um acontecimento traumático e imprevisível. O luto dela decorrente, muitas vezes não reconhecido socialmente, pode repercutir sobre o apoio aos casais. Esse estudo investigou a percepção de casais que vivenciaram perda gestacional sobre o apoio social. Examinou-se a satisfação e os tipos de apoio recebido, bem como o ajustamento conjugal. Doze casais heterossexuais brasileiros foram entrevistados e responderam à Escala Revisada de Ajustamento Diádico (R-DAS). Cônjuge, família, terapia e grupos de mães online foram mencionados como fontes de apoio emocional, material/de serviço e de regulação/controle social. Constatou-se tanto satisfação como insatisfação quanto às diferentes fontes e tipos de apoio recebidos. A insatisfação foi mais enfatizada, embora restrita a menos fontes. A satisfação referiu-se a situações mais pontuais e foi proveniente de fontes variadas. Evidenciou-se a relevância do apoio emocional frente à perda gestacional, o que exige ampliação da discussão social e qualificação dos profissionais.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

Arshad, T., & Hafeez, N. (2016). Religiosity social support and distress in miscarriage. Pakistan Journal of Professional Psychologists, 7(1) 45-58. Recuperado de http://pu.edu.pk/images/journal/clinicalpsychology/PDF/paper%204_v7_1_16.pdf

Bellet, B. W., Holland, J. M., & Neimeyer, R. A. (2018). The Social Meaning in Life Events Scale (SMILES): A preliminary psychometric evaluation in a bereaved sample. Death Studies, 43(2) 1–10. DOI: 10.1080/07481187.2018.1456008

Bellhouse, C., Temple-Smith, M. J., & Bilardi, J. E. (2018). “It’s just one of those things people don’t seem to talk about...” women’s experiences of social support following miscarriage: a qualitative study. BMC Women’s Health, 18(1), 1-9. DOI: 10.1186/s12905-018-0672-3

Braun, V., Clark, V., Hayfield, N., & Terry, G. (2019). Thematic Analysis. In Liamputtong, P. (Editor). Handbook of research methods in health social sciences (pp. 843–860). Singapore: Springer. DOI: https://doi.org/10.1080/2159676X.2019.1628806

Busby, D. M., Christensen, C., Crane, D. R., & Larson, J. H. (1995). A revision of the Dyadic Adjustment Scale for use with distressed and non-distressed couples: Construct hierarchy and multidimensional scales. Journal of Marital and Family Therapy, 21(3), 289–308. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1752-0606.1995.tb00163.x

Camarneiro, A. P. F., Maciel, J. C. S. C., & Silveira, R. M. G. da. (2015). Experiencias de la interrupción espontánea del embarazo en primerizas en el primer trimestre gestacional: Un estudio fenomenológico. Revista de Enfermagem Referência, IV(5), 109-117. DOI: http://dx.doi.org/10.12707/RIV14064.

Carneiro, H. L. B., Rodrigues, A. A., & Alves, M. S. (2017). A dor silenciosa dos pais de filhos natimortos e neonatos. Humanidades, 6(1), 59-71. Recuperado de http://www.revistahumanidades.com.br/arquivos_up/artigos/a129.pdf

Chavez, M. S., Handley, V., Jones, R. L., Eddy, B., & Poll, V. (2019). Men’s experiences of miscarriage: A passive phenomenological analysis of online data. Journal of Loss and Trauma, 1-14. DOI: https://doi.org/10.1080/23802359.2019.1611230

Creswell, J. W. (2010). Projeto de pesquisa: Métodos qualitativo, quantitativo e misto (3ªed.). Porto Alegre: Artmed.

Ellis, A., Chebsey, C., Storey, C., Bradley, S., Jackson, S., Flenady, V., ... Siassakos, D. (2016). Systematic review to understand and improve care after stillbirth: A review of parents and healthcare professionals’ experiences. BMC Pregnancy and Childbirth, 16(1), 1-19. DOI: 10.1186/s12884-016-0806-2.

Gonçalves, T. R., Pawlowski, J., Bandeira, D. R., & Piccinini, C. A. (2011). Avaliação de apoio social em estudos brasileiros: aspectos conceituais e instrumentos. Ciência & Saúde 16(3), 1755-1769. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-81232011000300012

Hernandez, J. A. E. (2008). Avaliação estrutural da escala de ajustamento diádico. Psicologia em Estudo, 13(3), 593–601. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-73722008000300021.

Koert, E., Malling, G. M. H., Sylvest, R., Krog, M. C., Kolte, A. M., Schmidt, L. & Nielsen, H. S. (2018). Recurrent pregnancy loss: Couples’ perspectives on their need for treatment, support and follow up. Human Reproduction, 34(2), 1-16. DOI: 10.1093/humrep/dey362.

Lari L. R., Shimo, A. K. K., Carmona, E. V., De Moraes, M. H. B. L., & Campos, C. J. G. (2018). Suporte aos pais que vivenciam a perda do filho neonato: Revisão de literatura. Aquichan, 18(1), 80-94. DOI: 10.5294/aqui.2018.18.1.8

Lemos, L. F. S., & Cunha, A. C. B. (2015). Concepções sobre morte e luto: Experiência feminina sobre a perda gestacional. Psicologia: Ciência e Profissão, 35(4), 1120-1138. DOI: https://doi.org/10.1590/1982-3703001582014.

Mourão, A. F. S. (2016). Impacto de uma morte fetal ou neonatal nos homens e comunicação do casal acerca da perda: Percepção feminina. Dissertação de Mestrado. Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa. Recuperado de http://recil.grupolusofona.pt/bitstream/handle/10437/7835/Disserta%C3%A7%C3%A3o%20Definitiva%20%28Ana%20F%C3%ADlipa%20Mour%C3%A3o%29.pdf?sequence=1

Mcgee, K., PettyJohn, M. E., & Gallus, K. L. (2018). Ambiguous loss: A phenomenological exploration of women seeking support following miscarriage. Journal of Loss and Trauma, 23(6), 1–15. DOI: 10.1080/15325024.2018.1484625

Ministério da Saúde (2016). Diretriz Nacional de Assistência ao Parto Normal. CONITEC. Recuperado de http://conitec.gov.br/images/Consultas/2016/Relatorio_Diretriz-PartoNormal_CP.pdf

Miranda, A. C. (2016). Quando a morte antecede o nascimento: Atuação do enfermeiro especialista em saúde materna e obstetrícia na assistência à mulher que vivencia uma morte fetal. Relatório de Estágio. Programa de Mestrado em Enfermagem de Saúde Materna e Obstetrícia, Universidade de Évora, Évora, Portugal. Recuperado de http://dspace.uevora.pt/rdpc/bitstream/10174/19521/1/Relat%c3%b3rio%20Ana%20Miranda.pdf

Muza, J. C., Sousa, E. N., Arrais, A. R., & Iaconelli, V. (2013). Quando a morte visita a maternidade: Atenção psicológica durante a perda perinatal. Psicologia: Teoria e Prática, 15(3), 34-48. Recuperado de https://www.researchgate.net/publication/317462639_Quando_a_morte_visita_a_maternidade_atencao_psicologica_durante_a_perda_perinatal

Núcleo de Infância e Família - NUDIF. (2008). Ficha de Dados Sociodemográficos. Porto Alegre: Instituto de Psicologia – UFRGS.

Quitans, E. T. (2018). Eu também perdi meu filho: Luto paterno na perda gestacional/neonatal. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós Graduação em Psicologia Clínica, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. Recuperado de https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/34141/34141.PDF

Rios, T. S,. Santos, C. S. S., & Dell’Aglio, D. D. (2016). Elaboração do processo de luto após uma perda fetal: Relato de experiência. Revista de Psicologia da IMED, 8(1), 98-107. DOI: 10.18256/2175-5027/psico-imed.v8n1p98 -107

Rocha, L. (2016). Cuidados à mulher que vivencia óbito fetal: Um desafio para a equipe de enfermagem. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós Graduação em Enfermagem, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. Recuperado de https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/175100/344562.pdf?sequence=1&isAllowed=y

Santos, R. C. S., Yamamoto, Y. M., & Custódio, L. M. G. (2017). Aspectos teóricos sobre o processo de luto e vivência do luto antecipatório. Psicologia.pt. Recuperado de http://www.psicologia.pt/artigos/textos/A1161.pdf

Sluzki, C. E. (2003). A rede social na prática sistêmica: Alternativas terapêuticas (2ª ed). São Paulo: Casa do Psicólogo.

SUPRIMIDO1

SUPRIMIDO2

Walsh, F. (2016). Processos normativos da família: Diversidade e complexidade (4ª ed.). Porto Alegre: Artmed.

Worden, J. W. (2013). Aconselhamento do luto e terapia do luto: Um manual para profissionais da saúde mental (4ª ed). São Paulo: Roca.

Descargas

Publicado

2020-09-29

Cómo citar

Barth, M. C., Vescovi, G., & Levandowski, D. C. (2020). Percepção de casais que vivenciaram perda gestacional sobre o apoio social. Psicologia Argumento, 38(102), 772–791. https://doi.org/10.7213/psicolargum.38.102.AO09

Número

Vol. 38 Núm. 102 (2020)

Sección

Artigos

Licencia

O autor transfere, por meio de cessão, à EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o n.º 76.659.820/0009-09, estabelecida na Rua Imaculada Conceição, n.º 1155, Prado Velho, CEP 80.215-901, na cidade de Curitiba/PR, os direitos abaixo especificados e se compromete a cumprir o que segue:

 

  1. Os autores afirmam que a obra/material é de sua autoria e assumem integral responsabilidade diante de terceiros, quer de natureza moral ou patrimonial, em razão de seu conteúdo, declarando, desde já, que a obra/material a ser entregue é original e não infringe quaisquer direitos de propriedade intelectual de terceiros.
  2. Os autores concordam em ceder de forma plena, total e definitiva os direitos patrimoniais da obra/material à EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, a título gratuito e em caráter de exclusividade.
  3. A CESSIONÁRIA empregará a obra/material da forma como melhor lhe convier, de forma impressa e/ou on line, inclusive no site do periódico da EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, podendo utilizar, fruir e dispor do mesmo, no todo ou em parte, para:
  • Autorizar sua utilização por terceiros, como parte integrante de outras obras.
  • Editar, gravar e imprimir, quantas vezes forem necessárias.
  • Reproduzir em quantidades que julgar necessária, de forma tangível e intangível.
  • Adaptar, modificar, condensar, resumir, reduzir, compilar, ampliar, alterar, mixar com outros conteúdos, incluir imagens, gráficos, objetos digitais, infográficos e hyperlinks, ilustrar, diagramar, fracionar, atualizar e realizar quaisquer outras transformações, sendo necessária a participação ou autorização expressa dos autores.
  • Traduzir para qualquer idioma.
  • Incluir em fonograma ou produção audiovisual.
  • Distribuir.
  • Distribuir mediante cabo, fibra ótica, satélite, ondas ou qualquer outro sistema que permite ao usuário realizar a seleção da obra ou produção para recebê-la em tempo e lugar previamente determinados por quem formula a demanda e nos casos em que o acesso às obras ou produções se faça por qualquer sistema que importe em pagamento pelo usuário.
  • Incluir e armazenar em banco de dados, físico, digital ou virtual, inclusive nuvem.
  • Comunicar direta e/ou indiretamente ao público.
  • Incluir em base de dados, arquivar em formato impresso, armazenar em computador, inclusive em sistema de nuvem, microfilmar e as demais formas de arquivamento do gênero;
  • Comercializar, divulgar, veicular, publicar etc.
  • Quaisquer outras modalidades de utilização existentes ou que venham a ser inventadas. 
  1. Os autores concordam em conceder a cessão dos direitos da primeira publicação (ineditismo) à revista, licenciada sob a CREATIVE COMMONS ATTRIBUTION LICENSE, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria.
  2. Os autores autorizam a reprodução e a citação de seu trabalho em repositórios institucionais, página pessoal, trabalhos científicos, dentre outros, desde que a fonte seja citada.
  3. A presente cessão é válida para todo o território nacional e para o exterior.
  4. Este termo entra em vigor na data de sua assinatura e é firmado pelas partes em caráter irrevogável e irretratável, obrigando definitivamente as partes e seus sucessores a qualquer título.
  5. O não aceite do artigo, pela EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, tornará automaticamente sem efeito a presente declaração.