Abandono afetivo parental: uma (re)visão crítica, narrativa-sistemática da literatura psico-jurídica em Português

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.7213/psicolargum39.105.AO13

Palabras clave:

abandono afetivo parental, psicologia forense, indenização, direito de família, responsabilidade civil.

Resumen

o abandono afetivo parental (AAP) seria caracterizado pela ausência ou negligência dos pais em relação a seus filhos, privando-os do convívio e do cuidado parental. A discussão desse tema, bem como o ajuizamento de ações para a indenização por abandono afetivo têm crescido nos últimos anos e implicado a prática dos profissionais do Direito e da Psicologia. Este estudo objetivou verificar a apropriação psico-jurídica sobre o AAP por meio de publicações científicas entre os anos de 2012 a 2019, tentando compreender: (1) como as publicações conceituam o AAP?; e (2) quais consequências psicológicas e jurídicas são atribuídas ao AAP? O método utilizado foi uma revisão narrativa e sistemática de literatura, a partir de critérios específicos para inclusão/exclusão dos artigos revisados. Como descritores, utilizou-se: “abandono afetivo parental”; “abandono afetivo”; “abandono afetivo” and “psicologia”. As  bases de dados foram Google Acadêmico, Oasis, PePsic e Periódicos Capes. Foram encontrados 3215 resultados, sendo que apenas 34 foram selecionados para a fase final de análise qualitativa temática. Os principais resultados evidenciaram concepções deontológicas e axiológicas acerca do afeto; processos de judicialização do afeto; compreensões idealizadas e despontencializadas acerca da família e seus processos interacionais. É discutida criticamente a abordagem do Direito e da Psicologia diante desses temas.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

Adams, K. B. Systematic Reviews of the Literature. (2016). Recuperado em 20 de maio de 2020 de https://academiccoachingandwriting.org/academic-writing/academic-writing-blog/x-systematic-reviews-of-the-literature.

Almanza-Sepúlveda, M. L., Dudin, A., Wonch, K. E., Steiner, M., Feinberg, D. R., Fleming, A. S., & Hall, G. B. (2018). Exploring the morphological and emotional correlates of infant cuteness. Infant Behavior and Development, 53, 90-100. https://doi.org/10.1016/j.infbeh.2018.08.001.

Alves, A. J. P. (2013). O preço do amor: a indenização por abandono afetivo parental. Revista Direito & Dialogicidade, 4(1), 1-9. Recuperado em 20 de maio de 2020 de http://periodicos.urca.br/ojs/index.php/DirDialog/article/view/588.

Baldaçara, L., Bueno, C. R., Lima, D. S., Nóbrega, L. P., & Sanches, M. (2018). Humor e afeto. Como defini-los?. Arquivos Médicos dos Hospitais e da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, 52(3), 108-113. Recuperado em 20 de maio de 2020 de http://189.125.155.35/index.php/AMSCSP/article/view/449.

Best, P., Manktelow, R., & Taylor, B. J. (2014). Online communication, social networking and adolescent wellbeing: a systematic narrative review. Children and Youth Services Review, 41, 27-36. https://doi.org/10.1016/j.childyouth.2014.03.001.

Braga, J. C. D. O., & Fuks, B. B. (2013). Indenização por abandono afetivo: a judicialização do afeto. Tempo psicanalítico, 45(2), 303-321. Recuperado em 20 de maio de 2020 de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-48382013000200005.

Braun, V., & Clarke, V. (2006). Using thematic analysis in psychology. Qualitative research in psychology, 3(2), 77-101. Recuperado em 20 de maio de 2020 de https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1191/1478088706QP063OA.

Braun, V., Clarke, V., Hayfield, N., & Terry, G. (2019). Thematic analysis. In P. Liamputtong. Handbook of Research Methods in Health Social Sciences. Springer, 843-860.

Bronfenbrenner, U. (1979). The ecology of human development. Harvard university press.

Bronfenbrenner, U. (2005). Making human beings human: Bioecological perspectives on human development. Sage.

Bronfenbrenner, U., & Morris, P. A. (1998). The ecology of developmental processes. In W. Damon & R. M. Lerner (Eds.), Handbook of child psychology: Theoretical models of human development (p. 993–1028). John Wiley & Sons Inc.

Campbell, R., Pound, P., Pope, C., Britten, N., Pill, R., Morgan, M., & Donovan, J. (2003). Evaluating meta-ethnography: a synthesis of qualitative research on lay experiences of diabetes and diabetes care. Social Science & Medicine, 56(4), 671-684. https://doi.org/10.1016/S0277-9536(02)00064-3.

Código de Ética Profissional do Psicólogo. (1989). VI Plenário do Conselho Federal de Psicologia, Brasília. Recuperado em 20 de maio de 2020 de http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2012/07/codigo-de-etica-psicologia.pdf.

Coltro, B. P., Giacomozzi, A. I., & Peixoto, K. E. B. G. (2017). Avaliação psicológica em processos judiciais de abandono afetivo: conflitos familiares e as demandas do judiciário. Quaderns de Psicologia, 19(3), 287-298. https://doi.org/10.5565/rev/qpsicologia.1422.

Dicionário Michaelis. (2019). Editora Melhoramentos. Recuperado em 20 de maio de 2020 de https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/afeto/.

Fernandes, P. P., & Silva, M. R. (2019). Função materna no contexto da prematuridade: uma revisão da literatura psicanalítica. Psicologia em Revista, 25(1), 1-18. https://doi.org/10.5752/P.1678-9563.2019v25n1p1-18.

Gonçalves, C. R. (2003). Responsabilidade civil. Saraiva Educação SA.

Kringelbach, M. L., Stark, E. A., Alexander, C., Bornstein, M. H., & Stein, A. (2016). On cuteness: Unlocking the parental brain and beyond. Trends in cognitive sciences, 20(7), 545-558. https://doi.org/10.1016/j.tics.2016.05.003.

Lei No 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil Brasileiro. Diário Oficial da União, 10 jan. 2002. Recuperado em 20 de maio de 2020 de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm.

Lei No 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o estatuto da criança e do adolescente e dá outras providências. Diário Oficial da União, 14 jul. 1990. Recuperado em 20 de maio de 2020 de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm.

McFadden, P., Taylor, B. J., Campbell, A., & McQuilkin, J. (2012). Systematically identifying relevant research: Case study on child protection social workers’ resilience. Research on Social Work Practice, 22(6), 626-636. https://doi.org/10.1177/1049731512453209.

Mendes, J. A. A., & Ormerod, T. (2019). O Princípio dos Melhores Interesses da Criança: Uma Revisão Integrativa de Literatura em Inglês e Português. Interação em Psicologia, 24, 1-22. https://doi.org/10.4025/psicolestud.v24i0.45021.

Mendes, J. A. A., Bucher-Maluschke, J. S. N. F., Vasconcelos, D. F., Fernandes, G. A., & Costa, P. V. M. N. (2016). Publicações psicojurídicas sobre alienação parental: uma revisão integrativa de literatura em português. Psicologia em Estudo, 21(1), 161-174. https://doi.org/10.4025/psicolestud.v21i1.29704.

Mendes, J. A. A., Lordello, S. R., & Ormerod, T. (2020). Uma proposta de compreensão bioecológica do princípio dos melhores interesses da criança/adolescente nos casos de disputa de guarda. In Mendes, J. A. A.; Bucher-Maluschke, J. S. N. F. (Orgs.). Perspectiva Sistêmica e Práticas em Psicologia: temas e campos de atuação. Editora CRV: Curitiba, 53-78.

Moreira, L. E., & Soares, L. C. E. C. (2019). Psicologia jurídica: notas sobre um novo lobo mau da Psicologia. Psicologia: Ciência e Profissão, 39(n.spe 2), 125-140. https://doi.org/10.1590/1982-3703003225555.

Projeto de Lei do Senado 700/2007 (2007). Senado Federal. Recuperado em 20 de maio de 2020 de https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/83516.

Recurso Especial Nº 1.159.242 – SP, voto da Relatora Ministra Nancy Andrighi. (2012). Superior Tribunal de Justiça. Recuperado em 20 de maio de 2020 de https://www.migalhas.com.br/arquivo_artigo/art20120510-02.pdf.

Shouse, E. (Dec. 2005) “Feeling, Emotion, Affect”. M/C Journal, 8(6). Recuperado em 20 de maio de 2020 de http://journal.media-culture.org.au/0512/03-shouse.php.

Thompson, M. A. (2017). Wikilivro 50 Artigos: Psicopedagogia. Clube de Autores.

Viegas, C. M. A. R., & Poli, L. M. (2013). Os efeitos do abandono afetivo e a mediação como forma de solução de conflitos paterno-filiais. Âmbito Jurídico, 16(110). Recuperado em 20 de maio de 2020 de https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-110/os-efeitos-do-abandono-afetivo-e-a-mediacao-como-forma-de-solucao-de-conflitos-paterno-filiais/.

Virginia Commonwealth University. (2018). How to Conduct a Literature Review (Health Sciences). Recuperado em 20 de maio de 2020 de https://guides.library.vcu.edu/health-sciences-lit-review/selection-criteria

Publicado

2021-09-15

Cómo citar

Mendes, J. A. de A., Almeida, M. P. de, & Melo, G. V. de L. R. (2021). Abandono afetivo parental: uma (re)visão crítica, narrativa-sistemática da literatura psico-jurídica em Português. Psicologia Argumento, 39(105), 657–688. https://doi.org/10.7213/psicolargum39.105.AO13

Número

Sección

Revisão