O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais e os critérios do Transtorno de Personalidade Borderline
Palabras clave:
Transtorno de Personalidade Borderline, Critérios Diagnósticos, DSM, Associação Americana de Psiquiatria.Resumen
O Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) foi reconhecido pela American Psychiatric Association (APA) como psicopatologia com sua aparição inicial na 3ª edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), publicado em 1980, no eixo II de Transtornos da Personalidade que é definido pelos traços dramáticos, emotivos e erráticos. A descrição do diagnóstico foi mantida em todas as edições posteriores do manual, no entanto, o transtorno foi apresentado com alterações e novas informações a cada nova publicação. Este trabalho tem como objetivo investigar as mudanças e os critérios utilizados para as mesmas no diagnóstico do Transtorno de Personalidade Borderline do DSM a partir da sua primeira aparição no DSM III e nas edições posteriores (IV e 5), incluindo as edições revisadas (III R e IV TR). Foi realizada uma pesquisa bibliográfica referente ao termo borderline para breve contextualização e acerca da fundação da APA e da criação do DSM. Em seguida, as descrições do diagnóstico do TPB nas edições III, III R, IV, IV TR e 5 do DSM fizeram parte de uma leitura crítica e foram comparadas entre si e para verificação das mudanças e dos critérios utilizados pela APA para as mesmas. Por fim, efetuou-se uma análise crítica dos dados obtidos para compreensão acerca da escolha dos critérios utilizados pela APA para alteração do diagnóstico do TPB em todas as edições em que aparece. Apesar da escassez de material bibliográfico para pesquisa, os dados obtidos apontaram para a necessidade de classificação nosológica dos transtornos mentais motivadora para a formação da APA na década de 50 e, posteriormente, a elaboração do DSM. Averiguou-se as informações divergentes e uma crescente na quantidade de informações na descrição do diagnóstico do TPB a cada edição do manual publicada. Concluiu-se que as alterações da descrição do diagnóstico
do transtorno foram necessárias para o enriquecimento e correção de informações mal elaboradas ou incompletas devido à ausência de fontes teóricas que tratassem do tema na época, embora a falta de explicação quanto essas alterações prejudiquem a confiabilidade do manual. A evolução do diagnóstico do TPB no DSM é consequência do interesse acadêmico que motivou o aumento de
pesquisas sobre a psicopatologia, pois a APA utiliza como critério para alterá-lo os novos estudos publicados acerca do tema.
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