A SAGA DE MARIA BUENO: UM RETRATO DA ALMA DE CURITIBA

Autores/as

  • Andrea de Alvarenga Lima

Palabras clave:

Arquétipo, Jung, Mito, Psicologia analítica.

Resumen

O presente artigo investiga os significados da saga e culto de Maria Bueno, no contexto da cidade de Curitiba, por meio dos conceitos teóricos da psicologia analítica de Carl Gustav Jung. A devoção a Maria Bueno é um fenômeno de religiosidade popular que acontece nesta cidade a partir do final do século XIX. Neste estudo, a história da “santinha de Curitiba” é compreendida como uma expressão mitológica; e, enquanto mito, uma forma de expressão arquetípica. Após a reconstituição do relato histórico da vida de Maria Bueno, o foco do trabalho está na investigação dos desdobramentos das imagens contidas na sua saga, que apontam para conteúdos do inconsciente coletivo que se encontram constelados na cidade. As principais imagens exploradas são: do arquétipo do herói; da vítima sacrificial; e do eixo de opostos santa/prostituta. Todos os anos, milhares de fiéis visitam o túmulo de Maria Bueno no Cemitério Municipal. Os visitantes obedecem a um ritual que pode ser considerado como simbólico de um processo de transformação, composto de três momentos diferentes: a entrada no reino dos mortos, a oblação da rosa e da vela e a recuperação da oferenda transformada pela consagração. A estrutura e simbolismo deste ritual devocional também são considerados, na tentativa de compreender a sua função psicológica.

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Publicado

2017-11-01

Cómo citar

Lima, A. de A. (2017). A SAGA DE MARIA BUENO: UM RETRATO DA ALMA DE CURITIBA. Psicologia Argumento, 25(49), 173–185. Recuperado a partir de https://periodicos.pucpr.br/psicologiaargumento/article/view/20027

Número

Sección

Artigos