Comportamentos Alimentares e Autoimagem: A Influência das Redes Sociais em Mulheres Brasileiras
DOI:
https://doi.org/10.7213/psicolargum.43.121.AO03Resumo
A imagem corporal refere-se à percepção subjetiva que uma pessoa tem do próprio corpo, moldada por fatores sensoriais, psicodinâmicos e culturais. Ao longo do tempo, os padrões de beleza e a percepção do corpo feminino sofreram transformações significativas. Historicamente, diferentes períodos culturais e sociais têm moldado e redefinido esses padrões, refletindo as normas e valores predominantes de cada época, sendo estes evidenciados, no século XXI, com a ascensão das redes sociais como Instagram e TikTok. O objetivo deste estudo transversal foi investigar a influência destas redes sociais na percepção da autoimagem feminina e os fatores de risco para transtornos alimentares em 115 mulheres adultas jovens brasileiras, através de método aplicado quantitativo, mediante o uso de um formulário autoral baseado nos instrumentos BSQ-34, EAT-26 e no DSM-V. Os resultados estatísticos deste estudo sugerem evidências de que a insatisfação corporal causada pela busca constante de um padrão de beleza, pressão quanto à autoimagem e mudanças em hábitos alimentares podem se associar diretamente com o uso das redes sociais pesquisadas, juntamente consumo de conteúdos midiáticos relacionados e sintomatologia de transtornos alimentares.o estudo revelou um viés amostral, com predominância de jovens de 20 a 24 anos e residentes da região Norte, o que pode limitar a generalização dos resultados. Os dados indicaram que as redes sociais, especialmente Instagram e TikTok, influenciam significativamente a forma como as mulheres percebem seus corpos, muitas vezes promovendo padrões estéticos idealizados que contribuem para a insatisfação corporal e comportamentos alimentares disfuncionais. A pesquisa evidenciou que, apesar da alta exposição a conteúdos relacionados à moda e beleza, há uma discrepância entre o desejo de mudar o corpo e os comportamentos alimentares relatados. A conclusão sugere a necessidade de uma abordagem mais crítica e consciente no consumo de mídias sociais, destacando a importância de promover a diversidade e a aceitação corporal, bem como buscar apoio profissional para um bem-estar integral.
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