Apego à moradia de idosos confinados em municípios catarinenses frente à covid-19
DOI:
https://doi.org/10.7213/psicolargum40.109.AO02Palavras-chave:
Apego ao Objeto, Idoso, Pandemias.Resumo
Esta pesquisa teve por objetivo analisar o apego à moradia de idosos confinados em municípios catarinenses na atual pandemia, sendo que estes não tenham sido contaminados pelo vírus. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, exploratório-descritiva com corte transversal possibilitado pela pesquisa de campo. Utilizou-se a abordagem multimétodos para a coleta de dados, com enfoque na pessoa e no ambiente, de modo a ser utilizada a entrevista semiestruturada e o instrumento fotografando o ambiente. Participaram da pesquisa treze pessoas e as falas foram analisadas por meio da Grounded Theory. A análise foi dividida em duas principais categorias, sendo estas "Aspectos simbólicos sociais" e "Aspectos funcionais da moradia". Dentre os aspectos simbólicos, evidenciou-se os sentimentos de liberdade, aconchego, alegria e tranquilidade. Tais sentimentos relacionam-se ao vínculo estabelecido com o lugar, que pode ser interpretado como apego entre o idoso e sua moradia. As lembranças de experiências vivenciadas no lugar também propiciam a existência do apego. Percebe-se que reconhecer a casa como não sendo própria, dificulta a identificação deste sentimento. Quanto aos aspectos funcionais, destaca-se de forma unânime a identificação de satisfação das necessidades, segurança e conforto ao viver na moradia. Apenas um dos participantes referiu insegurança devido a fatores externos da casa, relacionado às características da vizinhança. De modo geral, nota-se que os aspectos afetivos, significados e sentidos atribuídos ao lugar, contribuíram também para o gostar de residir na moradia, bem como o desejo pela permanência na mesma.Downloads
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