Psicólogos nas Políticas Públicas de Assistência Social: atuação em CRAS e interface com a formação acadêmica
DOI:
https://doi.org/10.7213/psicolargum.38.101.AO02Palavras-chave:
Políticas Públicas. Formação do psicólogo. Psicologia comunitária. Psicologia Política.Resumo
Este artigo faz uma reflexão sobre práticas dos psicólogos atuantes nos Centros de Referência em Assistência Social (CRAS), na interface com a formação acadêmica. Objetiva contribuir para formação de psicólogos junto a Política Nacional de Assistência Social. O referencial teórico utilizado é a Psicologia Histórico Cultural. Coleta de dados ocorreu mediante entrevista com oito psicólogos de CRAS. Análise fundamentou-se na pesquisa qualitativa constituindo-se 4 núcleos de significação: Mal-estar de trabalhar no campo da Assistência Social; Conflitos de identidade profissional; Bom senso, ecletismo e conhecimentos da clínica tradicional como referências teóricas para o trabalho em CRAS; Práticas nos CRAS: fazeres dos psicólogos X conhecimentos necessários. A pesquisa indica a necessidade de se rever a formação, compreendendo-se a Assistência Social enquanto Política Pública que afirma direitos, e para a construção de práticas psicológicas que superem o modelo clínico individualizante essencialista, tradicionalmente aplicado à formação de psicólogos.
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