Processo de saúde-doença nos modelos de abstinência e redução de danos: revisão integrativa da literatura
DOI:
https://doi.org/10.7213/psicolargum.38.99.AO09Palavras-chave:
Redução de danos, Abstinência, Substâncias psicoativas, TratamentoResumo
O presente artigo teve como objetivo compreender o impacto que os diferentes modelos de tratamento/acolhimento, redução de danos e abstinência, têm no processo de saúde-doença da pessoa que faz uso prejudicial de substâncias psicoativas, bem como descrever como são realizados os tratamentos/acolhimentos nesses dois modelos e identificar como é a prática dos profissionais nessas diferentes formas de tratamento/acolhimento. Para tanto, foi realizada uma revisão integrativa da literatura nas bases de dados Scielo, Pepsic, BVS Lilacs, no período compreendido de 2001 (a partir da Reforma Psiquiátrica) até 2019. Na análise dos resultados, encontramos os tratamentos baseados na abstinência fortemente representados pelas Comunidades Terapêuticas (CTs) e a redução de danos representada pelos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), que vinham ganhando força nos últimos anos, pois as práticas são pensadas considerando a singularidade das pessoas e como cada um se relaciona com as substâncias psicoativas, valorizando a autonomia e a qualidade de vida do usuário. No entanto, recentemente foi aprovada a nova política sobre drogas, a qual preconiza a abstinência e ainda não temos como avaliar os impactos na prática, por ainda estar em fase de implementação. Por meio da discussão do tema, concluímos que o modelo ideal é aquele que respeita a autonomia da pessoa sobre sua vida, suas características, seu padrão de uso e das consequências que isso traz, seja emocional, física ou social, uma vez que contribui para a promoção de saúde e garantia de seus direitos.
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