Sentidos de envelhecimento e motivos para a procura da Universidade Aberta para a Terceira Idade

Autores

  • Flavia Yamasaki UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
  • Ana Claudia Nunes de Souza Wanderbroocke UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
  • Giselle Massi UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
  • Rosanna Rita Silva UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

DOI:

https://doi.org/10.7213/psicolargum.36.93.AO04

Palavras-chave:

idoso, envelhecimento, universidades abertas, construcionismo social

Resumo

Este estudo se propôs a compreender os sentidos de envelhecimento e expectativas em relação a um projeto universitário aberto para idosos. Participaram 10 idosos inscritos no ano de 2016, com idades entre 62 a 74 anos. Os dados foram coletados com entrevistas semiestruturadas e analisados quanto as práticas discursivas. As três categorias: sentidos do envelhecimento, motivos da procura e expectativas quanto ao projeto foram discutidas de forma a dialogar com as literaturas da área da saúde e gerontologia, sob a perspectiva construcionista social. Os dados indicaram para os sentidos associados a perdas e ganhos no processo de envelhecimento, busca por interação, atualização de conhecimentos, ocupação do tempo livre e cuidar de si próprio. As expectativas eram de aprender mais, que não fosse necessário submeter-se à avaliação, de entreter-se com atividades interessantes e fazer novos amigos. Discute-se a necessidade de os programas serem orientados para o crescimento pessoal, sociabilidade, estímulo da autoestima e cidadania. As metodologias precisam ser participativas, estimuladoras de trocas interpessoais que facilitem a intersubjetividade e a construção de novos sentidos para o envelhecimento, contemplando a participação dos idosos na sociedade de acordo com suas necessidades, capacidades e desejos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Flavia Yamasaki, UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

MESTRE EM PSICOLOGIA PELA UTP.

Ana Claudia Nunes de Souza Wanderbroocke, UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

DOUTORA EM PSICOLOGIA PELA UFSC E DOCENTE DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA DA UTP

Giselle Massi, UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

DOCENTE DO PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM DISTÚRBIOS DA COMUNICAÇÃO DA UTP.

Rosanna Rita Silva, UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

ALUNA DO PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM DISTÚRBIOS DA COMUNICAÇÃO DA UTP.

Referências

Abramowicz, M. (2001). Tempo de ser: envelhecimento e a trama das interações sociais em um grupo de voluntárias. In V. Kachar (Org). Longevidade: um novo desafio para a educação. São Paulo: Cortez.

Beauvoir, S. (1990). A velhice. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.

Brasil (2012). Ministério da Saúde. Conselho Nacional de saúde. Resolução 466 de 12 de dezembro de 2012. Aprova diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Brasília: Diário Oficial da União.

Bruine de Bruin, W., Parker, A. M., & Strough, J. (2016). Choosing to be happy? Age differences in “maximizing” decision strategies and experienced emotional well-being. Psychology and Aging, 31(3): 295-300.

Dátilo, G.M.P.A., & Marin, M.J.S. (2015). O envelhecimento na percepção de idosos que frequentam uma universidade aberta da terceira idade. Estudos interdisciplinares sobre o envelhecimento, 20(2), 597-609.

Ergin, I., & Mandiracioglu, A. (2015). Demographic and socioeconomic inequalities for self-rated health and happiness in elderly: the situation for Turkey regarding World Values Survey between 1990 and 2013. Arch Gerontol Geriatr; 61(2): 224-30.

Freitas, M.C., Queiroz, T.A., & Sousa, J.A.V. (2010). O significado da velhice e da experiência de envelhecer para os idosos. Rev. Esc. Enferm. USP, 2(44), 407-412. DOI: 10.1590/S0080-62342010000200024

Gergen, K. (2017). Construção social e comunicação terapêutica. In M.A. Grandesso (org.). Práticas colaborativas e dialógicas em distintos contextos e populações: um diálogo entre teoria e práticas (pp. 107- 142). Curitiba, PR: CRV.

Gergen, K.J., & Gergen, M. (2010). Construcionismo social: um convite ao diálogo. Rio de Janeiro: Instituto Noos.

Janini, J. P., Vargas, A.B., & Bessler, D. (2015). Educação em saúde e promoção da saúde: impacto na qualidade de vida do idoso. Saúde em Debate, 39(105): 480-490.

Lirio-Castro, J., & Morales-Calvo, S. (2012). El reto de la formación del profesorado para una enseñanza de calidad en las universidads de mayores en Pedagogía Social. Revista 101 Interuniversitaria, 19,155-166.

Montovani, E.P., Lucca, S.R., & Neri, A.L. (2016). Associações entre significados de velhice e bem-estar subjetivo indicado por satisfação em idosos. Rev. Bras. Ger. Geront., 19(2): 203-222. DOI: 10.1590/1809-98232016019.150041

Moura, G.A., Souza, L.K., (2012). Autoimagem, socialização, tempo livre e lazer: quatro desafios à velhice. Revista Textos & Contextos, 11(1), 172 – 183.

Nascimento, M., Juchem, L., & Maduro, L. (2016). Programa Vida Ativa: esporte e lazer, promoção da saúde e qualidade de vida do idoso, em Petrolina-PE e Juazeiro-BA. Rev. Bras. Ativ. Fis. Saúde, 21(6): 593-599.

Oliveira, R.C.S., Scortegagna, P.A., & Oliveira, F.S. (2015). Extensão universitária: perspectivas e ações para a terceira idade. In R. C. S. Oliveira & P.A. Scortegagna (Org). Universidade Aberta para a terceira idade: o idoso como protagonista na extensão universitária. (pp. 21-38). Ponta Grossa: Editora UEPG.

Schneider, R.H., & Irigaray, T.Q. (2008). O envelhecimento na atualidade: aspectos cronológicos, biológicos, psicológicos e sociais. Estudos de Psicologia, 25(4): 585-593.

Silva, L. R. F. (2008). Da velhice à terceira idade: o percurso histórico das identidades atreladas ao processo de envelhecimento. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, 15(1): 155-168.

Spink, M. J. & Medrado, B. (2004). Produção de sentidos no cotidiano: uma abordagem teórico-metodológica para análise das práticas discursivas. In M. J. Spink (Org.), Práticas Discursivas e Produção de Sentidos no Cotidiano: aproximações teóricas e metodológicas (pp.41-61). São Paulo: Cortez.

Urbano, C.A., & Yuni, J.A. (2015). Aprender para um envejecimiento activo: retos para las prácticas educativas con personas mayores. In E.P. Martínez, E.A.Fernández, & J.L.Castro (org.) Gerontología Social y Envejecimiento Activo. Madrid: Service Point.

Downloads

Publicado

2019-11-22

Como Citar

Yamasaki, F., Wanderbroocke, A. C. N. de S., Massi, G., & Silva, R. R. (2019). Sentidos de envelhecimento e motivos para a procura da Universidade Aberta para a Terceira Idade. Psicologia Argumento, 36(93), 328–342. https://doi.org/10.7213/psicolargum.36.93.AO04

Edição

v. 36 n. 93 (2018)

Seção

Artigos

Licença

O autor transfere, por meio de cessão, à EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o n.º 76.659.820/0009-09, estabelecida na Rua Imaculada Conceição, n.º 1155, Prado Velho, CEP 80.215-901, na cidade de Curitiba/PR, os direitos abaixo especificados e se compromete a cumprir o que segue:

 

  1. Os autores afirmam que a obra/material é de sua autoria e assumem integral responsabilidade diante de terceiros, quer de natureza moral ou patrimonial, em razão de seu conteúdo, declarando, desde já, que a obra/material a ser entregue é original e não infringe quaisquer direitos de propriedade intelectual de terceiros.
  2. Os autores concordam em ceder de forma plena, total e definitiva os direitos patrimoniais da obra/material à EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, a título gratuito e em caráter de exclusividade.
  3. A CESSIONÁRIA empregará a obra/material da forma como melhor lhe convier, de forma impressa e/ou on line, inclusive no site do periódico da EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, podendo utilizar, fruir e dispor do mesmo, no todo ou em parte, para:
  • Autorizar sua utilização por terceiros, como parte integrante de outras obras.
  • Editar, gravar e imprimir, quantas vezes forem necessárias.
  • Reproduzir em quantidades que julgar necessária, de forma tangível e intangível.
  • Adaptar, modificar, condensar, resumir, reduzir, compilar, ampliar, alterar, mixar com outros conteúdos, incluir imagens, gráficos, objetos digitais, infográficos e hyperlinks, ilustrar, diagramar, fracionar, atualizar e realizar quaisquer outras transformações, sendo necessária a participação ou autorização expressa dos autores.
  • Traduzir para qualquer idioma.
  • Incluir em fonograma ou produção audiovisual.
  • Distribuir.
  • Distribuir mediante cabo, fibra ótica, satélite, ondas ou qualquer outro sistema que permite ao usuário realizar a seleção da obra ou produção para recebê-la em tempo e lugar previamente determinados por quem formula a demanda e nos casos em que o acesso às obras ou produções se faça por qualquer sistema que importe em pagamento pelo usuário.
  • Incluir e armazenar em banco de dados, físico, digital ou virtual, inclusive nuvem.
  • Comunicar direta e/ou indiretamente ao público.
  • Incluir em base de dados, arquivar em formato impresso, armazenar em computador, inclusive em sistema de nuvem, microfilmar e as demais formas de arquivamento do gênero;
  • Comercializar, divulgar, veicular, publicar etc.
  • Quaisquer outras modalidades de utilização existentes ou que venham a ser inventadas. 
  1. Os autores concordam em conceder a cessão dos direitos da primeira publicação (ineditismo) à revista, licenciada sob a CREATIVE COMMONS ATTRIBUTION LICENSE, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria.
  2. Os autores autorizam a reprodução e a citação de seu trabalho em repositórios institucionais, página pessoal, trabalhos científicos, dentre outros, desde que a fonte seja citada.
  3. A presente cessão é válida para todo o território nacional e para o exterior.
  4. Este termo entra em vigor na data de sua assinatura e é firmado pelas partes em caráter irrevogável e irretratável, obrigando definitivamente as partes e seus sucessores a qualquer título.
  5. O não aceite do artigo, pela EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, tornará automaticamente sem efeito a presente declaração.