De algozes a vítimas: dos direitos cegos e nulos à mulher gestante em situação de cárcere

Autores

  • Eliane Calhiari
  • Leticia Rodrigues da Silva Santos
  • Bárbara Cossetin Costa Beber Brunini

DOI:

https://doi.org/10.7213/psicol.argum.33.082.AO05

Palavras-chave:

Sistema prisional, mulher gestante, políticas de direitos

Resumo

Este artigo problematiza os ambientes carcerários como instituições totais e de disciplinamento dos corpos, independente do gênero a que se destina. Faz-se uma crítica à falência das instituições carcerárias que deixaram há muito tempo de exercer seu papel fundamental, o de “ressocialização dos sujeitos”. Os métodos utilizados para imposição do poder naturalizam expressões e formas de estar no mundo, inviabilizando corpos que se permitem romper as fronteiras territoriais do sistema empobrecido binário que reduzem as possibilidades humanas. Tem-se uma atenção especial ao corpo feminino que ao movimentar-se entre as fronteiras passa a sofrer processos de exclusão, a partir do momento em que rompe com as normas impostas ao gênero feminino. Os estigmas aumentam quando esse corpo está em situação de cárcere em período gestacional e de amamentação. Cabe ao profissional Psi um posicionar-se criticamente e com estratégias que possibilite o empoderamento dessas mulheres em conhecer seus direitos, denunciando a negligência que o sistema comete com as mulheres em situação de cárcere. Através da pesquisa bibliográfica e documental, este trabalho pretende ser um convite a problematização do corpo feminino gestante em cárcere bem como a ausência daqueles direitos humanos ditos por lei direitos adquiridos.

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Publicado

2017-11-24

Como Citar

Calhiari, E., Santos, L. R. da S., & Brunini, B. C. C. B. (2017). De algozes a vítimas: dos direitos cegos e nulos à mulher gestante em situação de cárcere. Psicologia Argumento, 33(82). https://doi.org/10.7213/psicol.argum.33.082.AO05

Edição

Seção

Artigos