No lusco-fusco da morte, a esperança do (re) encontro

devoção da transcendência corporal de Maria no recôncavo baiano

Autores

DOI:

https://doi.org/10.7213/2175-1838.17.002.DS05

Palavras-chave:

Esperança mariana, Irmandade da Boa Morte, Transcendência corporal, Esperança e ressurreição, Resistência cultural

Resumo

Este artigo analisa a devoção à transcendência corporal de Maria na Irmandade da Boa Morte, em Cachoeira, Recôncavo Baiano, em diálogo com a reflexão mariana do Papa Francisco na Bula de convocação do Jubileu Ordinário do ano de 2025 Spes non confundit (Rm, 5,5) (2024). A pesquisa investiga como a Assunção de Maria é ressignificada pela Irmandade, unindo elementos do catolicismo e das espiritualidades afro-brasileiras. A hipótese sugere que essa devoção reforça a esperança na continuidade da vida e na sacralidade do corpo, alinhando-se à visão do Papa Francisco sobre Maria como a testemunha mais elevada da esperança (SnC 24).[1] A celebração da transcendência de Maria também revela implicações éticas e sociais, promovendo resistência cultural, solidariedade comunitária e fortalecimento da identidade afrodescendente. Os objetivos incluem: apresentar o aspecto mariano na Bula Spes non confundit; analisar Maria como Mãe da Esperança; demonstrar como a Irmandade celebra essa transcendência. Conclui-se que a devoção expressa resiliência e fé, reafirmando a esperança na continuidade da vida e na sacralidade do corpo.

 

[1] As chamadas indicam a sigla da Bula de Convocação do Jubileu Ordinário do ano de 2025 (Spes non confundit) e o parágrafo correspondente (Francisco, 2024).

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Biografia do Autor

Anderson Moura, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)

Mestre em Teologia Sistemático-Pastoral pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP) e doutorando na mesma área pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Possui especialização em Mariologia pelo Instituto Teológico-Filosófico Sagrado Coração – Faculdade Dehoniana (ITEFISC) e em Hermenêutica Bíblica pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Atualmente, é professor da Faculdade Católica de Feira de Santana/Bahia (FCFS), onde leciona as disciplinas de Introdução à Teologia, Teologia da Revelação, Teologia Espiritual, Liturgia, Mariologia, Síntese Teológica (De Universa Theologia) e Seminário Fé, Razão e Ciência. É membro da Sociedade Brasileira de Teologia Sistemática (SBTS) e da Associação Brasileira de Mariologia (ABM).

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Publicado

2025-08-27

Como Citar

Moura, A. (2025). No lusco-fusco da morte, a esperança do (re) encontro: devoção da transcendência corporal de Maria no recôncavo baiano. Revista Pistis & Praxis, 17(2), 263–277. https://doi.org/10.7213/2175-1838.17.002.DS05