Anabatistas sob o Cruzeiro do Sul: a experiência Menonita no Brasil (1930-1945)
DOI:
https://doi.org/10.7213/revistapistispraxis.7683Palabras clave:
Menonitas no Brasil, Protestantismo, Imigração alemã, Identidade religiosa, Identidade étnica.Resumen
A imigração de alemães menonitas para o Brasil, notadamente para o Paraná e para Santa Catarina, revestiu-se de um caráter bastante especial, em comparação com outros grupos imigrantes. Originários da Reforma Protestante do século XVI, os menonitas se constituíram num grupo religioso bastante fechado e que rejeitava o contato com o mundo secularizado. Seus fundamentos religiosos se basearam no anabatismo, que rejeitava a ordem constituída, em nível religioso e também na relação do cristão com o Estado. Por esse motivo, os menonitas passaram a ser fortemente perseguidos, o que os fez buscar colonizar áreas despovoadas na Europa e nas Américas, em colônias fechadas, autogovernadas, onde tudo, inclusive atividades econômicas, hospitais e escolas, estava sob seu controle. Esse isolamento levou-os a criar uma identidade religiosa e étnica muito própria e característica, em que a língua alemã exercia um papel de coesão do grupo e que se fundamentava numa produção de memória histórica bastante ampla. Apesar de pacifistas, muitas vezes os menonitas foram vistos como elementos perigosos que precisavam ser integrados pelos governos dos países em que residiam. Disso resultaram imigrações forçadas, como foi o caso dos menonitas que chegaram ao Brasil a partir de 1930, vindos da Rússia soviética. Nesse estudo, será analisado também de que forma os menonitas tentaram implementar um projeto de colonização, primeiro em Santa Catarina e depois no Paraná, que possibilitasse sua sobrevivência econômica, mas também permitisse a manutenção da identidade religiosa e étnica do grupo, privilegiando a produção de fontes pelo grupo.]Descargas
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