As duas propostas da hermenêutica pentecostal em diálogo: a pós-moderna e a histórico-gramatical
DOI:
https://doi.org/10.7213/2175-1838.17.001.DS05Resumen
O artigo estuda duas vertentes da hermenêutica pentecostal contemporânea: a primeira, a proposta mais recente, classificada como pós-moderna, e denominada “estética da recepção do texto”, em que a experiência pessoal do crente é enfatizada como parte integrante, importante e preponderante no processo interpretativo das Escrituras; a segunda, a visão mais tradicional de intepretação da Bíblia baseada na interpretação da gramática, denominada de “método histórico-gramatical”. Os hermeneutas pós-modernos atacam a hermenêutica tradicional histórico-gramatical como uma tentativa de calvinização do pentecostalismo, enquanto os hermeneutas gramaticistas enfatizam a necessidade de manter-se um certo grau de controle na interpretação da Bíblia, apelando para a forma tradicional com a qual a Bíblia tem sido lida ao longo dos séculos. Metodologicamente foi desenvolvida uma abordagem crítico-comparativa entre a hermenêutica pentecostal tradicional, de base histórico-gramatical, e a hermenêutica pentecostal pós-moderna, fundamentada na estética da recepção do texto, utilizando análise de conteúdo e revisão bibliográfica sistemática para examinar as hermenêuticas histórico-gramatical e estética da recepção no contexto pentecostal; adicionalmente, adota-se uma perspectiva histórico-descritiva para contextualizar a evolução dessas hermenêuticas dentro do pentecostalismo. A pesquisa também dialoga com a fenomenologia hermenêutica, avaliando o papel da experiência na interpretação bíblica, especialmente no modelo pós-moderno. A análise focaliza os fundamentos teóricos, metodologias de interpretação e implicações práticas de cada abordagem, destacando suas contribuições e limitações para a teologia e prática pentecostal. Os principais resultados podem ser resumidos em três pontos: primeiro, a hermenêutica pós-moderna, baseada na “estética da recepção do texto” ainda busca a sua aceitação no meio pentecostal, no qual tem recebido duras críticas por, de alguma forma, equiparar ou até colocar a experiência pessoal do crente acima das Escrituras e da doutrina da igreja; segundo, a hermenêutica tradicional, baseada na gramaticidade, tem a seu favor o fato de ser a interpretação histórica da igreja e, mais, aquela que forneceu a base doutrinária não só do pentecostalismo, mas também da própria igreja cristã; terceiro: a hermenêutica pentecostal passou por uma fase pré-crítica, representada pelos primeiros expoentes, como, p. ex., Seymour e Bartleman, uma segunda fase (como indicada por Archer: “a hermenêutica dos primeiros pentecostais”) em que havia uma preocupação técnica com a hermenêutica, em que se adotou o método “histórico-gramatical” na interpretação, e uma terceira fase, em que há uma forte proposta pós-moderna para a hermenêutica baseada na “estética da recepção do texto”. A discussão segue aberta e promete, pelo que parece, perdurar anos.
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