REPENSAR A VISÃO CRIACIONISTA: cristianismo e ecologia

Autores

  • José Roque Junges Universidade do Vale do Rio dos Sinos

DOI:

https://doi.org/10.7213/pp.v1i2.10681

Palavras-chave:

Crise ambiental, Cristianismo, Criação, Ecologia, Teoria do Jogo.

Resumo

A crise ambiental obriga os cristãos a repensar a visão tradicional da criação, porque vários ecologistas responsabilizam essa visão pela destruição do meio ambiente. Compreender a criação a partir da teoria do jogo pode ser um caminho epistemológico para esse repensar. A doutrina tradicional da criação assumiu, para explicação da origem do mundo, a forma calculista e controladora da ciência moderna. Essa é a causa do conflito entre criacionistas e evolucionistas. O modelo do jogo introduz o risco, a inventividade e a imprevisibilidade na criação, abrindo espaço para a liberdade e a graça. Significa pensar o ato de criar no contexto relacional, permitindo resgatar a ação da Trindade como nova criação e, principalmente, a visão de uma criação contínua. Abre também perspectivas para reconsiderar a compreensão sobre o papel do ser humano na criação e redescobrir o sentido ecológico do descanso sabático. A teologia da criação, proposta por Moltmann, é um modelo adequado para essa revisão.

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Biografia do Autor

José Roque Junges, Universidade do Vale do Rio dos Sinos

Padre, Professor Doutor em Teologia Moral pela Pontificia Università Gregoriana de Roma, Itália, Professor de bioética nos cursos de graduação da área de saúde e professor/pesquisador do PPG em Saúde Coletiva da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), São Leopoldo, RS - Brasil 

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Publicado

2009-10-24

Como Citar

Junges, J. R. (2009). REPENSAR A VISÃO CRIACIONISTA: cristianismo e ecologia. Revista Pistis & Praxis, 1(2), 355–369. https://doi.org/10.7213/pp.v1i2.10681