Esperança e Poder em Gálatas 1,1–5

a lógica da liberdade na abertura da carta

Autores

DOI:

https://doi.org/10.7213/2175-1838.17.002.DS06

Palavras-chave:

Paulo, Apocalíptica, Esperança, Poder, Libertação

Resumo

Este artigo analisa a perícope de Gálatas 1,1–5 com foco na presença implícita da esperança messiânica e seu papel na teologia apocalíptica de Paulo. A partir de uma leitura exegética detalhada e análise estrutural, argumenta-se que a saudação inicial da carta contém uma declaração litúrgica que sintetiza o evangelho paulino: a libertação do presente “eão maligno” por meio da autodoação do Messias. A perícope é interpretada como antecipação dos principais temas desenvolvidos ao longo da epístola, especialmente a contraposição entre a lógica da dádiva graciosa e a lógica da obrigação legal. O estudo mostra como a linguagem sacrificial utilizada por Paulo é ressignificada como expressão da gratuidade divina e libertação dos poderes que regem a antiga espaçotemporalidade. A esperança, assim, não é apenas escatológica, mas categoria existencial e ética no tempo presente. Além disso, o artigo considera implicações políticas e sociais dessa visão, em contraste com o discurso do império romano e da lei mosaica. Conclui-se que Gálatas 1,1–5, longe de ser uma mera introdução formal, oferece uma síntese programática da teologia paulina da graça, da liberdade e da nova criação inaugurada no Messias.

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Biografia do Autor

Julio Paulo Tavares Mantovani Zabatiero, Faculdade Teológica de São Paulo da IPI do Brasil

Dr. em Teologia. Professor da Área de Bíblia.

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Publicado

2025-08-27

Como Citar

Zabatiero, J. P. T. M. (2025). Esperança e Poder em Gálatas 1,1–5: a lógica da liberdade na abertura da carta. Revista Pistis & Praxis, 17(2), 278–291. https://doi.org/10.7213/2175-1838.17.002.DS06