A leitura girardiana do endemoninhado geraseno

diálogo exegético-antropológico sobre a violência

Autores

  • Adriano Lazarini Souza dos Santos Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)
  • Edélcio Ottaviani Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) https://orcid.org/0000-0003-1060-3908

DOI:

https://doi.org/10.7213/2175-1838.15.003.DS02

Resumo

O fator violência é uma obscura constante antropológica. Ele se manifesta sob diversas tipologias, com múltiplos matizes e valendo-se de diversos mecanismos. René Girard constatou tal universalidade e intuiu uma presença ritualística naquilo que denomina o mecanismo do bode expiatório. A revelação judaico-cristã apresenta os efeitos nocivos desse círculo vicioso, que exige sempre um novo sacrifício para restabelecer o equilíbrio de uma coletividade, e o Novo Testamento propõe a superação desse mecanismo perverso, por meio da oferta que Jesus faz de si. As vítimas tornam-se proclamadores da boa nova sobre a violência superada. Nesse sentido, esta pesquisa apresentará a hermenêutica aplicada por Girard à perícope neotestamentária, comumente intitulada “O endemoninhado geraseno”, presente na tríplice tradição sinótica (Mc 5,1-20; Mt 8, 28-9,1a; Lc 8,26-39). O contraponto estabelecido, com o auxílio de alguns comentários exegéticos, tem por escopo trazer à luz as importantes contribuições desse estudioso, que se aventurou pela seara bíblica e favoreceu, com sua teoria, o diálogo e o mútuo enriquecimento entre exegese e antropologia.

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Publicado

2023-12-06

Como Citar

Santos, A. L. S. dos, & Ottaviani, E. (2023). A leitura girardiana do endemoninhado geraseno: diálogo exegético-antropológico sobre a violência. Revista Pistis & Praxis, 15(3). https://doi.org/10.7213/2175-1838.15.003.DS02