Instrumento sobre a prática da fisioterapia na estimulação sensório-motora neonatal: estudo Delphi

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/fm.2024.37139

Resumo

Introdução: A estimulação sensoriomotora neonatal (ESM) compõe intervenções que visam melhorar o desenvolvimento do recém-nascido. No entanto, a falta de padronização nos procedimentos de ESM destaca a necessidade de identificar as estratégias utilizadas. Objetivo: Desenvolver um instrumento de coleta de informações sobre os procedimentos de ESM realizados por fisioterapeutas brasileiros, incluindo parâmetros para monitorar sinais de estresse ou autorregulação no recém-nascido. Métodos: Trata-se de uma pesquisa online conduzida pelo método Delphi, com a participação de um painel de especialistas para avaliação do consenso. Para a construção do conteúdo foram consideradas dez técnicas de ESM, parâmetros cardiorrespiratórios, estado comportamental, entre outras variáveis. O consenso foi avaliado através do cálculo da validade de conteúdo por meio da taxa de concordância. Para as questões descritivas referentes à adequação do instrumento, as tendências de respostas e as respostas dissonantes foram sistematizadas pelo método de Bardin. Resultados: Treze especialistas participaram do estudo. A construção do instrumento demandou duas rodadas entre as categorias dos procedimentos de ESM, com taxas de concordância de 53-69% na primeira rodada e de 83-100% na segunda. A versão
final foi construída com 212 questões e contemplou todas as categorias de procedimentos de ESM (tátil, vestibular, olfatória/gustativa e visual). Conclusão: Uma lista de 221 questões distribuídas em quatro categorias de procedimentos de ESM foi considerada relevante para atender um instrumento de coleta de informações sobre os procedimentos de ESM. A relevância clínica deste instrumento reside em sua capacidade de padronizar e monitorar a aplicação de ESM, permitindo uma abordagem mais consistente e eficaz para promover melhor cuidado neonatal.

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Biografia do Autor

Tania Nodari, Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)

Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia

Taís Beppler Martins, Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)

Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia

Flávia Coelho, Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)

Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia

Luciana Sayuri Sanada, Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)

Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia

Silvana Alves Pereira, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia

Dayane Montemezzo, Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)

Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia

Publicado

2024-12-17

Edição

Seção

Artigo Original

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