FISIOTERAPIA ASSOCIADA À TOXINA BOTULÍNICA NA DIPLEGIA ESPÁSTICA: um relato de caso

Autores

  • Ana Cristina Resende Camargos
  • Patrícia Lemos Bueno Fontes
  • Érika Gomes Gontijo
  • Fabrícia Márcia Araújo
  • Kátia Cota

Resumo

Crianças com diplegia espástica apresentam um padrão de marcha caracterizado pela posição do tornozelo em flexão plantar, flexão excessiva do joelho associado ao valgismo e aumento da adução e rotação interna do quadril. A postura em flexão plantar do tornozelo, secundária à espasticidade, é um dos principais fatores que interferem na função da marcha. Foi realizado um relato de caso para descrever e avaliar a atuação fisioterapêutica associada à aplicação da toxina botulínica tipo A (Dysport) nos flexores plantares de uma criança com diplegia espástica. A criança foi avaliada pré-aplicação da toxina botulínica, 30 e 60 dias após a sua aplicação pelo Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS), da Medida da Função Motora Grossa (GMFM), da goniometria do tornozelo e do Vídeo Gait Analysis (VGA). O programa de fisioterapia iniciou-se no dia seguinte à aplicação. Foi verificada mudança de um nível no GMFCS com melhora de 9,4% na área de meta do GMFM. Na amplitude de movimento do tornozelo direito houve uma melhora de 15º com o joelho fletido e 17º com joelho estendido e no tornozelo esquerdo uma melhora de 3º e 10º, respectivamente. No VGA ocorreu alteração de um grau no tornozelo esquerdo. Isso demonstra que um programa de fisioterapia associado à aplicação da toxina botulínica interferiu positivamente no desempenho da funcionalidade de uma criança com diplegia espástica e encurtamento dos flexores plantares.

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Publicado

2017-08-31

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