Prevalência de lesões podais em bubalinos

Autores

  • Rinaldo Batista Viana Instituto da Saúde e Produção Animal, Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) http://orcid.org/0000-0002-7540-585X
  • Bruno Moura Monteiro Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Campus de Paragominas
  • Waldjânio de Oliveira Melo Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Campus de Paragominas
  • Daniel Rocha de Oliveira Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARA)
  • Luciara Celi Chaves Daher Instituto da Saúde e Produção Animal, Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)
  • José Dantas Ribeiro Filho Universidade Federal de Viçosa (UFV)

DOI:

https://doi.org/10.7213/1981-4178.2018.163004

Palavras-chave:

Pododermatites. Casco. Unha. Doença. Bubalus bubalis bubalis.

Resumo

A criação de búfalos no mundo todo e, em particular no Brasil e países do Mercosul, vem se expandindo. Todavia, para obtenção de índices satisfatórios de produtividade, os animais necessitam de uma boa gestão da sanidade. Dentre as muitas doenças comuns aos bovinos, algumas se comportam diferentemente em bubalinos. Portanto, objetivou-se com esse estudo descrever a prevalência das enfermidades podais em bubalinos criados em áreas de várzea e campos alagados da Ilha de Marajó. O estudo foi realizado em matadouro localizado no município de Belém, utilizando-se 177 bubalinos (97 fêmeas e 80 machos) criados em lotação contínua em fazendas localizadas no arquipélago do Marajó. Os 708 cascos foram examinados individualmente, onde cada uma das 1416 unhas e 708 espaços interdigitais (2124 áreas dos cascos) foram classificados de acordo com a doenca apresentada. A análise estatística dos dados foi conduzida com base no teste de Qui-quadrado (x2), com nível de significância de 5%, a fim de verificar associação significativa entre sexo e cada uma das variáveis estudadas. O estudo mostrou que 14,12% (25/177) dos búfalos avaliados apresentavam pelo menos uma lesão em uma das áreas dos cascos. Das 2124 áreas examinadas, 1,74% (37/2124) apresentavam enfermidades podais. Tanto em machos como em fêmeas, a doença mais prevalente foi a unha em tesoura (UT), com 0,86% (10/1164) e 1,04% (10/960) de unhas afetadas pela doença, respectivamente (p = 0,1571), sendo que 0,38% (4/1062) das unhas com UT foram diagnosticadas nos membros anteriores, enquanto 1,51% (16/1062) nos membros posteriores (p = 0,0414). Considerando-se o plano mediano do corpo dos animais, 0,56% (6/1062) das UT foram observadas nas unhas direitas e 1,32% (14/1062) nas esquerdas (p = 0,0387). Os dados obtidos permitem observar que em bubalinos, tanto para machos quanto para fêmeas, a lesão mais prevalente é a UT, o que possivelmente está relacionado à ausência da prática de casqueamento corretivo.

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Biografia do Autor

Rinaldo Batista Viana, Instituto da Saúde e Produção Animal, Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)

Rinaldo Batista Viana, é Médico Veterinário, graduado pela Faculdade de Veterinária (FAVET/UECE); Especialização em Metodologia do Ensino Superior (Convênio Universidade Federal Rural da Amazônia - University Wolverhampton - Harper Adams University); Mestre em Clínica Veterinária e Doutor em Reprodução Animal pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ/USP). Atualmente é Professor Adjunto do Instituto da Saúde e Produção Animal da Universidade Federal Rural da Amazônia (ISPA/UFRA). Tutor do Programa de Educação Tutorial em Medicina Veterinária, PETVet/Ufra-SESu/MEC. Coordenador do Biotério Unidade de Bubalinocultura Leiteira Eva Daher Abufaiad (BUBali)/ISPA. Tem experiência na área de Buiatria (Medicina dos animais de produção) com ênfase em sanidade de ruminantes e reprodução de bovinos e bubalinos. Membro da Asociación Latinoamericana de Buiatría (Vocal representante do Brasil).

Bruno Moura Monteiro, Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Campus de Paragominas

Médico Veterinário pela Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA (2007), Especialista em Bovinocultura de Corte pela Universidade Norte do Paraná - UNOPAR (2008), Mestre em Clínica Veterinária pela Universidade de São Paulo - VCM/FMVZ/USP (2011), Doutor em Reprodução Animal pela Universidade de São Paulo - VRA/FMVZ/USP (2015) e Pós-doutorando em Reprodução Animal pelo VRAFMVZ/USP (atual). Professor de Semiologia, Clínica e Reprodução de Ruminantes pela Universidade Paulista (UNIP) - 02/2014-09/2015. Atualmente é Professor de Morfofisiologia e Reprodução Animal no curso de Zootecnia da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Campus Paragominas.

Waldjânio de Oliveira Melo, Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Campus de Paragominas

Bacharel em Zootecnia pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA/Paruapebas-PA), mestre em Saúde e Produção Animal na Amazônia (UFRA/Belém-PA) e doutorando no mesmo programa. Foi zootecnista extensionista concursado da Secretaria Municipal de Produção Rural de Parauapebas-PA, desenvolvendo assistência técnica para produtores de leite a pasto. No período de agosto de 2012 a julho de 2014 foi zootecnista (concursado) da UFRA Campus de Parauapebas, participando de projetos de pesquisa com produção de ruminantes, foi membro do colegiado do campus e do curso de Zootecnia e participou como professor voluntário das disciplinas: Exterior e Raças; Zootecnia de Ruminantes, Zootecnia Geral e Seminário Integrado. Desde agosto de 2014 exerce o cargo de zootecnista (concursado) da UFRA/Paragominas-PA. Trabalhando com produção de ruminantes, reprodução de bovinos e interação nutrição X reprodução de bubalinos, lesões em carcaça de bovinos e endoparasitas em ovinos. É editor do Informativo Zootecnia em Foco (ISSN 2446-8398). Gerente Administrativo do campus da UFRA Paragominas. Ministra as disciplinas de Técnicas de Produção Animal e orientação de trabalho de conclusão do curso Técnico em Agronegócio do SENAR pólo de Ulianópolis-PA. Foi eleito o zootecnista do ano de 2016 do Estado do Pará pelo CRMV

Daniel Rocha de Oliveira, Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARA)

Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Rural da Amazônia (2007), Mestrado em clinica e reprodução animal pela Universidade Federal Fluminense (2010), Doutorando em sociedade, natureza e desenvolvimento pela Universidade Federal do Oeste do Pará (2014). Tem experiência em nutrição e reprodução de ruminantes e sistemas de produção animal.

Luciara Celi Chaves Daher, Instituto da Saúde e Produção Animal, Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)

  1. Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal Rural da Amazônia (2003), mestrado em Zootecnia pela Universidade Federal de Viçosa (2005) e doutorado em Genética e Melhoramento pela Universidade Federal de Viçosa (2009). Atualmente é professora adjunta da Universidade Federal Rural da Amazônia. Tem experiência na área de Zootecnia, com ênfase em Genética e Melhoramento dos Animais Domésticos, atuando principalmente nos seguintes temas: genética quantitativa, genética molecular, seleção assistida por marcadores moleculares, seleção genômica e avaliação genética

José Dantas Ribeiro Filho, Universidade Federal de Viçosa (UFV)

Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Rural da Amazônia (1983), Residência Médica pela Universidade Estadual Paulista - Unesp-Botucatu (1986), Mestrado em Fisiopatologia Médica pela Universidade Estadual Paulista - Unesp-Botucatu (1992) e Doutorado em Patologia e Ciências Clínicas pela Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (2003). Atualmente é professor Associado da Universidade Federal de Viçosa. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Clínica Médica de Ruminantes e Equinos e Patologia Clínica, atuando como professor e pesquisador nas áreas de Clínica Médica e Patologia Clínica. Linha de pesquisa: Clínica dos Desequilíbrios Hidroeletrolíticos e Ácido Base, Gastrenterologia e Bioquímica Clínica - Curso de Pós-graduação em Medicina Veterinária (Mestrado e Doutorado - nota 6 Capes) - Depto de Veterinária da Universidade Federal de Viçosa - Viçosa-Minas Gerais. E-mail: [email protected] (31) 3899-14-37 (31) 99468-5866

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Publicado

14-12-2018

Como Citar

1.
Viana RB, Monteiro BM, Melo W de O, Oliveira DR de, Daher LCC, Ribeiro Filho JD. Prevalência de lesões podais em bubalinos. Rev. Acad. Ciênc. Anim. [Internet]. 14º de dezembro de 2018 [citado 4º de novembro de 2024];16:1-7. Disponível em: https://periodicos.pucpr.br/cienciaanimal/article/view/e163004

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