Fatores estressantes em cães: percepção dos tutores
DOI:
https://doi.org/10.7213/1981-4178.2018.16017Palavras-chave:
Ambiente. Bem-estar animal. Cão. Comportamento animal. Estresse.Resumo
Objetivou-se investigar a possível presença de fatores estressores no ambiente de convívio de cães por meio de aplicação de questionário aos tutores. Foi utilizada amostra de conveniência constituída por 50 cães atendidos de forma recorrente no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Os dados foram coletados por dois veterinários submetidos a treinamento prévio e as respostas transferidas para banco de dados (software EpiInfo-6.04) e apresentadas de forma descritiva. A maioria dos tutores mantinha seus animais dentro de casa (16%, n = 8) e no quintal (22%, n = 11), porém, em 70% (n = 35) dos casos o ambiente de convivência dos cães passou por transformação nos últimos seis meses. Quanto aos fatores sociais, 16% (n = 8) tiveram a adição de um novo animal ao convívio e 30% (n = 15) tiveram o lazer reduzido. Tutores (64%, n = 32) relataram repreender seus cães quando estes demonstram comportamentos indesejados, sendo a tentativa de cópula com objetos e pessoas o mais citado, e 46% (n = 23) afirmaram puni-los com agressões diretas. Os cães avaliados têm constante comportamento de medo (74%, n = 37) e têm preferido ficar isolados nos últimos dias (60%, n = 30). Conclui-se que os tutores de animais podem fornecer informações válidas acerca de possíveis fatores estressantes em cães, auxiliando os médicos veterinários no diagnóstico.