Padronização de metodologia de extração lipídica para análise isotópica de tecidos animais
DOI:
https://doi.org/10.7213/1981-4178.2018.16012Palavras-chave:
Carbono-13. Clorofórmio/metanol. Éter. Isótopos estáveis. Nitrogênio-15.Resumo
Objetivou-se com este estudo determinar se os processos de extração lipídica alteram o valor isotópico no fígado e músculo de frangos, peixes, suínos e bovinos. Foram coletadas 24 amostras de fígado e músculo destes animais de interesse zootécnico, sendo divididas aleatoriamente em três tratamentos com oito repetições. As amostras foram coletadas com cuidado para que todas fossem do mesmo lote. Os tratamentos foram: desidratado - as amostras foram secadas durante 48 horas por estufa de ventilação forçada; Soxhlet - as amostras foram desengorduradas em éter etílico; e Folch - as amostras foram desengorduradas em clorofórmio/metanol. Os resultados isotópicos foram submetidos à análise multivariada discriminante linear por meio do pacote estatístico do software Minitab 16. A extração lipídica por éter interferiu nos valores isotópicos dos tecidos avaliados de frangos, suínos e pintado. A extração lipídica por clorofórmio/metanol interferiu nos valores isotópicos dos tecidos musculares de frangos e suínos. Não houve alterações nos valores isotópicos, independentemente do método de extração, para os tecidos de bovino e para tilápia do Nilo. Sugere-se, portanto, a não extração lipídica em tecidos de animais com finalidade zootécnica, a fim de diminuir a interferência dos processos de extração lipídica nos valores isotópicos dos tecidos animais.